segunda-feira, 28 de março de 2011

Alerta!

A imprensa livre serve aos propósitos democráticos, já está mais do que provado. Entenda-se entretanto que imprensa livre descarta a existência de monopólios controladores de meio, conteúdo e finalidade. E é dentro desta perspectiva que passo a refletir sobre as recentes reportagens com apresentação da situação do narcotráfico nos bairros da zona oeste, que realmente estão muito longe de uma conquista ao estilo da "Vila Cruzeiro - Alemão". Por razões táticas,  extensão da área, situação do terreno, rotas de fuga, etc.. e ainda mais a questão crucial, contingente e logística insuficiente. Note-se que as reportagens incluem filmagens dentro das "usinas" de produção do tráfico, em uma condição tranquila e aparentemente consentida. Estaríamos expondo uma realidade ou criando uma que transcende ao narcotráfico?  
Ao expormos as fraquezas inegáveis do sistema repressor estaríamos contribuindo e pressionando para uma solução, ou apenas escandalizando, com propósitos outros que não a crítica construtiva?
Não podemos deixar de nos pormos alertas para estas questão, pois já percebemos aqui e acolá na grande imprensa ponderações imponderáveis sobre o fenômeno "Segurança Pública", que deixou de ser plataforma eleitoreira para muitos e passou a ser uma demanda social atendida por uma Política de Estado. 
Ainda existem fantasmas a assombrar o cenário onde se desenrola a maior das conquistas sociais dos últimos tempos nesta metrópole.  Deve se esclarecer que UPP´s e UPA´s não são apenas movimentos isolados de uma unidade do Governo; são hoje prova de uma acertada política pública. Mais do que isso até, são um avanço notável na mente dos munícipes que daqui à pouco estarão indo as urnas para validar ou não estas políticas no plano da urbe, que tendo apenas seis milhões de habitantes estabelece uma relação dialógica com outros cinco milhões de municípios vizinhos, alguns afogados em dívidas e corrupção, sem as mínimas condições de participar deste esforço estadual de emancipação social.
Muitos do que outrora faziam eco a um discurso de preconceitos, racial, social, religioso e político, hoje procuram aparentar uma isenção que nada mais serve aos propósitos subalternos da não democracia.
É no plano da Segurança Pública, sujeito à catarses massivas, tal como a "Operação Guilhotina" e outras anteriores, que se desenrolarão os panos de fundo da desídia, pois há de se desconstruir imagens de seriedade e desapego ao poder que foram construídas ( com uma baita paciência, é claro ) ao longo destes últimos quatro anos.
É bom mesmo ficarmos alertas pois já se percebe aqui e acolá  movimentos que, sendo aparentes críticas, não passam de resmungos dos que tiveram desmascarada sua ulterior incompetência.
Portanto, cobremos a abrangência e a continuidade do programa UPP, com a geração de recursos em quantidade e qualidade, mas...Alerta !