terça-feira, 30 de outubro de 2012

O trabalho vence

    Terminado os tempos de eleição, onde os nervos, à flor da pele, extremam emoções, pensamentos e alguns até mostram seu lado pior, o do ódio, na maior parte das vezes instigados por outrem, senão a mídia, absolutamente desregulada e desonesta, seguimos em frente em direção ao progresso que é a parada seguinte que nos espera, nesta viagem, aventura virtuosa, a que nos levou Lula; este sim, epílogo de uma obra, cujo prefácio se escreveu em 1930, e que teve Getúlio Vargas como seu maior protagonista e, queiram ou não seus inimigos detratores, seu mártir. 
    Houve tempos em que se tratava de populismo e outras pejorativas a mera menção aos interesses mais elementares do povo brasileiro. A moda ditada na côrte, sendo esta não mais a portuguesa, mas a com sede em Wall Street, ou mesmo Downing Street 10, não recomendava devaneios populistas e tampouco aceitava nada que não estivesse "inside", dentro da estética e da ética imperial. Os pobres? Ah, os pobres; que se esforcem para deixar de serem pobres, pois estão neste estado devido a sua indolência e ignorância. Pois era assim que a moda era ditada pela senhora Thatcher, pau mandado de um marido que servia a uma corporação e não tinha gabarito, nem a coragem que sobrava na esposa, para dirigir a Velha Albion. Apesar da coragem e desenvoltura Thatcher acabou jogando os móveis pela janela; destruiu a indústria aeronáutica inglesa, primor de criatividade e qualidade. Solerte, dispensou a experiência social britânica que levara anos, séculos, para ser construída e aperfeiçoada.  Simplesmente sucateou a Inglaterra, bem debaixo do nariz de S.M. Elizabeth II. 
    O que dizer então dos nossos mímicos, amestrados na cultura alheia. Fomos atrás e sucateamos a indústria naval, quase o fizemos com a aeronáutica e deu no que deu, favelizamos o país. 
    Cabe agora correr atrás do prejuízo e gerar emprego, para sustentar os programas de educação e de todo o resto de nossas obrigações como Estado e como Povo.
    Após o resultado das últimas eleições, acho que, além de ir consolidando a democracia, conseguiu-se tirar São Paulo das presas do monstro rentista que, de tão forte que é, mantinha o laborioso povo paulistano refém de sua própria riqueza e vítima das maldades e da ignorância retrógrada.
     Agora cabe o ditado romano, "agere non loqui", agir, não falar, pois ainda existe um buraco de bilhões para ser tapado, legado da pedante e incompetente administração.
    Por agora, "festina lente". De leve, diria o Ibrahim.