segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A causa primária

Enviada aos amigos da rede em 07/12/15


"Bom dia amigos

Hoje pela manhã tive certeza de algumas opiniões que tenho sobre o momento atual; e então gostaria de compartilhá-las com vocês.

O que moveu a esta escrita, foi ter ouvido na viagem de metrô, lá pelas seis horas da manhã, quando os trabalhadores da noite voltam para suas casas, e eu indo para minha labuta, uma frase que por si só explicaria boa parte das causas da lamentável situação em que se encontra o povo brasileiro. 
Não tem nada à ver com economia, não tem nada à ver com política, mas tem à ver com tudo isso e mais o envolvimento emocional que cerca o presente momento. 

Um grupo conversava sobre futebol; alguns comemoravam não a vitória, mas desclassificação do clube Vasco da Gama, caindo para segunda divisão do futebol brasileiro. 
Não seria motivo de espanto saber que existem antagonismos entre torcidas, à ponto de se matarem. 
Mas naquele momento alguém pronunciou a palavra  ódio, para justificar o motivo de comemoração do rebaixamento.

Precisaria de muito estudo sobre psicologia para explicar o fenômeno de antagonismos ferozes entre torcidas; mas o senso comum já nos diz que boa parte deste antagonismo é alimentado e realimentado pelos que necessitam deste para pagar repórteres, encher estádios, vender revistas; enfim, sustentar a indústria do futebol. Que por sinal, já revelou  seu lado mafioso, levando para cadeia alguns cartolas internacionais. Lá nos States, aqui não.

O "ódio" é a palavra que também explicaria a situação atual. 

Instilado nas mentes mais primárias e pueris, foi capaz de levar a Alemanha aos atos mais ignóbeis. 
À época, alimentado por vitórias militares, conseguida à custa das mentes agudas de generais que herdaram o saber de von Clausewitz, notadamente Halder que representava a nata do Estado-Maior, diferentemente de Hitler que personificava a escória do estado-menor, acabou confundindo a todos e tudo. Levou á derrota; mas, pior, à degradação moral.  
Mas quantos, não tiveram a coragem de abandonar tudo, riqueza, status social, e migrar ? 
Nem eram judeus ou outros perseguidos; apenas viram a desgraça que se aproximava. Na minha família há um caso emblemático até.

Só a cultura do ódio, insuflado por mentes sofisticadas, poderá dar sentido à situação atual. 
Não há, rigorosamente não há, qualquer justificativa, seja econômica, seja política, que possa explicar o caos a ser implantado, disseminando a destruição do Estado. Este, o custodiante de riquezas.

Não está mesmo em jogo o espectro  das personalidades de Dilma ou de quem quer quem seja, (mesmo a de Temer, a de Eduardo Cunha, o Rasputin da República )  senão os interesses nas imensas reservas petrolíferas, juntamente as imensas reservas minerais, a produção de alimentos em escala planetária,  afora a maior área de insolação do planeta; o que se traduziria em futuro não muito distante ( 30 , 50 anos talvez ) na maior fonte de energia, superando, e sendo complementada até, por  todas as demais juntas (hidráulica, nuclear, eólica, fóssil).  Pergunte a qualquer professor de física.

A palavra ódio hoje perpassa a lógica, o bom senso, a razoabilidade. É facilmente instilada nas mentes mais primárias. É até comum ouvir pessoas afirmando "odeio isso ou aquilo". Tornou-se vulgar, corriqueiro, inconspícuo, tolerável. Move assassinatos em massa, em nome de religião. Indivíduos disparam à esmo contra quem lhes pareça diferente, ou oposto. - Não pensa como eu, destruo; pronto. Simples degradação. Não mais do que isso. 

Aqui e alhures a morte em troca de riqueza.
A morte em troca de petróleo.

Mentes primárias e fracas para engrossarem o discurso falso e fazerem o serviço sujo não faltarão.