sexta-feira, 18 de maio de 2018

Uma luz no fim do túnel


    Hoje vejo com muita esperança a notícia da pesquisa do Senador Requião sobre a viabilidade de sua candidatura a presidência da República. É mais uma reação ao golpe da direita, cujos quadros não conseguem oferecer nenhuma alternativa para saída desta miséria em que metram o país.

São válidas as candidaturas de todos aqueles que se rebelam contra esta dominação por parte das finanças internacionais e por parte de um Ministério Público politiqueiro, incompetente e autoritário, um Judiciário viciado, corrompido até por salários, ajudas, reembolsos, mimos e agrados para lá de imorais, e que violam a lei com a maior desfaçatez. A cara do golpe é a cara dos poderes que deveriam estar à margem da politicagem, guardando a soberania do País; inclua-se aí as Forças Armadas também que andam se metendo na politicagem, qual milícias de repúblicas bananeiras.

    Se observarmos que, se sobram candidaturas pelo lado da esquerda e da centro-esquerda do espectro político, pelo lado da direita nem existem nomes respeitáveis para o cargo, nem tampouco está a aparecer alguém que queira se queimar; o Joaquim Barbosa é o caso. Marina não conta, pois esta nada mais é que uma rêmora politiqueira.

    Ocorre que o PT, até com justa razão, não abre mão da candidatura de Lula, pois o ônus de vir a negá-la cabe aos golpistas e, principalmente, do poder judiciário pra lá de contaminado. Até lá a candidatura de Lula mantém todo o espectro da direita em cheque, esperando para dar o cheque-mate em eleições democráticas. Seja com Lula ou com quem ele indicar, isto já está claro e óbvio.

    Ocorre também que Boulos, Ciro, Manuela (nem conto os demais) muito se beneficiariam se ungidos fossem pela indicação de Lula. E aí Ciro parece ser, sendo o mais experiente e maduro, a opção natural. Desde que este não andasse convidando o seu antigo patrão, Benjamin Steinbruch, para compor a chapa e outros neoliberais fichados. Não que algumas medidas neoliberais não sejam necessárias na atual situação da civilização, mormente no âmbito atuarial (falaremos em outra oportunidade) mas há economistas no seu grupo que cheiram a naftalina.

    Com este cenário a festa da esquerda corre perigo de acabar mais cedo do que se esperava. E é neste cenário que a possível candidatura do Senador Roberto Requião transforma a água em vinho para salvar a festa.

    Se este vier candidato pelo MDB, disputando a vaga com Meirelles, herdará a maior capilaridade política do país, de vereadores, prefeitos, a Governadores de Estado. Os parlamentares que não queiram se afogar junto com Meirelles deverão optar por Requião. E, aí é que está o busílis, não poderão ter a facilidade de encurralar o Presidente, como fizeram com todos desde Sarney; apesar da afirmação ferrabraz de Ciro que será capaz de se sair bem nesta empreitada, enfrentar a maior bancada do Congresso.

    Ocorre ainda que Requião, criador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberana Nacional, maior do que qualquer partido, já que acolhe vários deles, não somente recolhe o apoio daqueles que defendem a Soberania, dentro de vários partidos de esquerda, como avaliza a participação dos segmentos políticos oriundos da capilaridade do PMDB; como disse, desde a vereança até Governadores de Estado.

    Vejo então uma luz no fim do túnel.

   Aguardo com esperança que Requião entenda que a pesquisa que está efetuando refletirá a necessidade de se construir uma saída para o impasse que a esquerda, e a direita também, enfrenta no desdobramento deste golpe.

   Digo que em boa hora seu nome está sendo lembrado, já que o aguardava desde 2010.


quarta-feira, 16 de maio de 2018

Lição da História

Escrevo no blog após um longo tempo e confesso, por não saber mais o que dizer desta situação em que vivemos. Não sei e, o que nos preocupa a todos, ninguém honestamente pode dizer qual será o desfecho deste drama. Ninguém sabe. 
Mesmo sabendo que o golpe foi conduzido e apoiado por capitais e interesses externos,  não resta a menor dúvida que foram os nacionais da direita que serviram de peões para este cheque.  

E aí é que se instaurou o problema: - a direita achava mesmo que seria a construtora da ponte para o futuro. Não fazia a menor ideia do tamanho do espaço político e econômico que teria de atravessar. Não fazia ideia da complexidade da estrutura econômica, social e política que nosso país possui, pois estava, e ainda está, arraigada a conceitos e ideologias do tempo da guerra-fria. Ainda divide o mundo bipolarmente, e toma partido em função disto, desconsiderando a demanda social que se exige na sociedade contemporânea; não somente a brasileira, mas do mundo todo.

Ao se golpear a democracia, e não apenas a Presidenta Dilma, perdeu-se o ligamento que ainda mantinha as instituições estabilizadas, mesmo com os profundos ressentimentos e fissuras, provocadas pela incapacidade que tivemos em provocar a catarse dos sofrimentos, dos vícios, das distorções provocadas pela ditadura autoritária e sangrenta, que impingiu simultaneamente medo e corrupção na nossa sociedade. Marchamos para o futuro sem ter resgatado as dívidas do tenebroso passado.

Não temos no espectro político coerência e estabilidade nos programas e no ideário; não sabemos a direção do futuro. Só quem possui rumo certo e pragmático são aqueles que tem na luta pela sobrevivência o seu motivo de vida. Mas estes agora pouco se importam com discursos e fórmulas. Aprenderam a sobreviver, mesmo copiando aqueles seguidores da lei-de-gerson que "querem levar vantagens em tudo", a burguesia brasileira, civil e fardada.

Mas agora a situação de decadência econômica, política e moral exige uma reação que reoriente o curso da história, caso contrário corremos o risco de dissolução da Nação. As instituições, não somente se desmoralizaram perante ao povo, como estão em franco conflito umas comas outras. Ministério Público e Judiciário desrespeitam a Constituição descaradamente, constrangem o Legislativo e o Executivo que chegaram ao fundo da respeitabilidade por parte do Povo, dado as repetidas e graves ações de roubo e violação de direitos.

Só me lembro de correção de rumo ao longo da História das nações com recurso a guerra. Conflitos na História é que impulsionaram as nações para a solução e purga de seus pecados.
Será que teremos que repetir esta sina?