sábado, 28 de novembro de 2020

Mudança de Estado

 Os tempos andam mesmo complicados pois, se política e socialmente estamos lamentavelmente atrelados a locomotiva descontrolada da política americana, agora nesta transição Trump / Binden, aqui também estamos absolutamente desgovernados, presididos por um sociopata, auxiliado por militares sem qualquer compromisso com a saúde e a soberania deste povo. Ainda por cima assessorado pelo bruxo financista do Guedes que, tal qual um Rasputin, enfeitiça a côrte financeira-entreguista.

Ocorre que, como dizia Leibnitz: a natureza não dá saltos. A natureza da alma do povo brasileiro, por mais que tenha tido distorcida sua percepção nestes últimos anos pelas campanhas sórdidas da grande mídia para apoiar a consecução do golpe de 2016/2018 (o golpe foi obviamente engendrado pela Lava-Jato com o auxílio luxuoso do pandeiro do Departamento de Justiça do EUA) ainda reteve na sua memória límbica e mesmo a recente do período 2003/2013, tão badalado pelo The Economist, a verdadeira missão das Instituições, principalmente o Executivo, que naquele período (2003/2013), projetou a soberania do Povo Brasileiro. Se não reteve na memória, pelo menos o instinto de sobrevivência agora já dá sinais, se orienta na direção da recuperação da sua soberania e mesmo da recuperação das instituições. De forma lenta, mas já perceptível; seja nas eleições municipais, seja nas manifestações públicas. Já percebe mesmo que o comportamento do governo federal, em relação a pandemia, está mais para o genocídio doloso do que para economia de recursos... para Guedes entregar aos bancos.

Ocorre também que para a mudança real neste estado em que se encontra o complexo sistema de governo, considerando aí judiciário, legislativo e as demais instituições corrompidas no processo de desmonte do Estado (polícias (federal e estaduais), ministérios públicos e agências) será necessária muita energia para reverter este processo. Esta energia ultrapassa aquela que se conseguiria arregimentar no próprio povo. Pois este se ocupa diuturnamente da sua própria sobrevivência. Somente processos intestinos revolucionários mostraram na história das nações essa possibilidade de arregimentação; pelo menos nos séculos IXX e XX.

Fora os processos intestinos, somente a influência desde fora, a partir de nações que estejam envolvidas nas potenciais riquezas remanescentes, serão capazes de, junto a energia interna amealhada nos coletivos populares, de aportar a adicional energia necessária ao processo de (negentropia) reconstrução e recuperação de nossa soberania. Nem eleições serão capazes de vencer o processo de desconstrução do Estado (entropia).