domingo, 21 de fevereiro de 2016

Fim de Carnaval

Vai sumindo a euforia do carnaval, os blocos renitentes. Aqui no Rio de Janeiro, ainda perseveram as batucadas até o próximo domingo, negando-se a se entregar à sobriedade do período da quaresma. 
Já houve tempos, e eu testemunhei isso ainda criança, que as pessoas mais idosas se vestiam de negro neste período. As crianças, por alguma promessa dos pais, se vestiam de roxo. Soa muito estranho hoje, mas eram os tempos. Não sou saudoso deles não, apenhas os testemunhei, pois minha família já dava sinais de uma certa independência religiosa e cultural.

E é desta independência cultural, quiçá religiosa, que falo agora: - percebo nos planos culturais, políticos e mesmo religiosos uma renitência qual os blocos de carnaval; negam-se a evoluir e sustentam preconceitos que hoje estão sendo o superlativo do atraso, da superficialidade e, pior, da incapacidade de resistir aos mais elementares ataques a capacidade de reflexão, de ponderamento das ideias, da temperança, da sobriedade dos desejos, da meditação, por um átimo que seja. 
Parece que ainda vestimos nossas crianças de roxo...
E onde se nota mais agudamente este fenômeno de superficialidade e incapacidade de reflexão ? - Na classe média, presa fácil dos meios de comunicação, onde pouco se exige de reflexão, onde se consome ideias prontas, manchetes sensacionalistas. The Sun e The Mirror na Inglaterra, Bild na Alemanha, o The New York Daily News na América. No Brasil, nem preciso dizer os nomes, pois todo mundo já os conhece.

Chamo atenção ainda  para os eufemismos "desregulamentação do mercado", "estado mínimo", dentre outros, e que são repetidos pela turba, sem que reflita dois minutos sobre seu significado.
Senão vejamos: - "desregulamentação" significa lexicamente " não ter, retirar, descontinuar a regulamentação. Qual regulamentação ? Aquela que faz Mercado e Estado agirem simbioticamente na busca da sustentabilidade e do desenvolvimento.
Retirar tal regulamentação, esteja esta afrouxada pelo liberalismo ou apertada pela planificação míope da burocracia do Estado, significa perder as competências simbióticas e deixar a entropia levar ao caos. Simples assim.
Que Reagan e Thatcher, há mais de trinta anos, tenham ingenua e parvamente  levado o mundo a desaguar nesta sandice não é de se espantar. Mas repeti-los hoje é sinal da mais rasa e completa ignorância da complexidade econômica. E vem a mídia tentar explicar, mais do que maliciosamente, tal complexidade com o simplório: - somos um país de corruptos. O mais honesto e lúcido liberalista não poderia chegar a esta conclusão, tal a sua superficialidade. É o exemplo mais exato e preciso da ingenuidade diante da malícia. Soubessem o nível de corrupção real, que corre nos estratos financeiros mais upward do estamento social do primeiro mundo não dariam um segundo de atenção a tanta sandice escrita e falada pela mídia, seja o The Sun, o The Mirror ou os daqui mesmo.

Quanto ao "Estado mínimo", por ser patrimonialista, poderia me auxiliar do conhecido Dr. Jessé Souza, colecionador de títulos de doutorado em universidades da Alemanha, da América e do Brasil na área de sociologia e filosofia com um trecho: ...

"Como a compreensão dos mecanismos sociais que constroem a desigualdade e a injustiça social institucionalizada é complexa e incompreensível para a multidão de pessoas que tem que levar a sua vida cotidiana, a tese do patrimonialismo e da corrupção apenas estatal resolve toda essa complexidade em uma só tacada - produzindo a ilusão que se compreende o mundo e as causas das misérias sociais-, ao criar o "culpado" personalizado e materializado no Estado. Todos os problemas sociais acontecem devido a corrupção supostamente estatal . Mas o "golpe de mestre" desta tese é o ganho afetivo ao tornar a sociedade ....tão virtuosa quanto o mercado, "expulsando" o mal em um outro  (grifo meu) bem identificado..,". * 

Completando, ou seja, eles, os outros...et pour cause, o Estado.

Portanto, não há muito o que se duvidar da intencionalidade volitiva da mídia.
E para fechar o raciocínio deixaria três sentenças que simbolizam pensamento e as constatações adrede mencionadas.

. Não menos que 70% do PIB são ganhos de capital ( e não de produção ). 
. O Sr.Marcelo Odebrecht segue preso há meses qual um meliante da rua; ele que criou    a capacidade de armamento moderno ser produzido no país. 
. O presidente do Bradesco, o Sr. Trabuco,  já pediu que se parasse a politicagem e nos     dedicássemos ao trabalho e a produção. 

Liberalismo ? Estado mínimo ? Ora me poupem.

* - "A tolice da inteligência brasileira "- pag 92 - Leya Editora -2015 - Souza, Jessé ISBN 978-85-7734-588-5

Meu bom dia a Michael Moore

Estou anexando o texto recolhido por Fernando Brito, onde Michael Moore ( pra lá de manjado como teaser da América ) vem fazendo um histórico de "zebras", desde JFK, passando por Zachary Taylor em 1849, até Obama nos dias de hoje.

Mas o meu interesse no artigo não advém apenas das possíveis guinadas na política americana; que aliás nem tem sido tão grandes, basta ver a enrascada em que, hoje com Obama, se meteu na Syria, apenas para defender os interesses das petroleiras. Nem percebeu que existia, faz tempo, uma base russa em Latakia. Nem avaliou o quando seria desastroso apoiar o grupo que se transformou no monstro islâmico que hoje tenta combater, mas meio algemado pelas alianças com a Arábia Saudita que financia deslavadamente, abertamente, o Estado Islâmico, à troco de desestabilizar as correntes opostas que por lá militam, xiitas, sunitas. Isto sem falar no indireto financiamento da Al Qaeda.
Mas voltando aqui a América; - quais as chances de Bernie Sanders ? Pouco importa. Mesmo sendo uma evolução política, se compararmos aos tempos  do baby Bush, será lenta a marcha de pacificação do estado americano, já que criaram uma economia orientada para guerra... e que tem funcionado, à margem da brutal emissão de moeda, que leva, via a própria moeda,  inflação ao resto do mundo.
E nem estou falando da montanha de papel sujo (derivativos ) que querem conseguir transformar em ativos reais...
Haja petróleo, haja minério, haja siderurgia, haja grãos, as verdadeiras blue ships, para conseguir trocar pela montanha de mais de 300 trilhões de penny stocks derivativas.
Perguntaria então:
- Conseguiria Bernie esta empreitada ? Desentortar a economia...
- Haveria real mudança, com os europeus inertes perante a montanha de recursos nos paraísos fiscais ( dentro da própria Europa ) ?
- Mandaria a Dona Liliana se comportar ?

É...estou aqui esperando e dando tratos sobre o que vai acontecer...
Mais preocupado estou com este bando de tarados a querer derramar sangue, em vez de gerar riqueza, em vez de construir o país, em vez de democratizar a educação, partidários do quanto pior melhor, desde que inviabilize o governo.
Não importa se jogar-nos numa bürgerkrieg aos moldes de 1812; não importa as consequências deste "running amok" malaio; não importa as lições da Espanha de 39; não importa a desgraça que se abateu sobre as Filipinas.
Nada importa, nem o sofrimento dos seus, ...desde que se dê vazão ao ódio de classe. Desde que se abomine as nossas origens de raça, cor e cultura. Desde que se rejeite a nossa negritude e a nossa preferência pela paz....
Estou preocupado sim...mas, ainda tenho saúde para ajudar a lutar contra esta onda, senão de burrice, de ódio.
Boa leitura
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Michael Moore: o meu apoio a Bernie Sanders

POR FERNANDO BRITO · 03/02/2016

Jari da Rocha, colaborador mais que atento do Tijolaço  – para o qual promete um texto para estes dias – traz, fresquinho (com a tradução doHenri Figueiredo) o depoimento do cineasta Michael Moore ao candidato dito socialista (o que, por lá pelos EUA , é palavrão só de mencionar), Bernie Sanders , que se tornou a grande estrela das eleições primárias norte-americanas.

A derrota de Trump, entre os republicanos, pode ter sido inesperada, mas não cria um fato novo na disputa.

O virtual empate entre Sanders e Hillary Clinton, este sim, tem potencial – por enquanto, apenas potencial – de dar um rumo novo à sucessão de Barack Obama. A diferença, de apenas 0,2% foi tão pequena que, em alguns condados, para decidir quem ficaria com o delegado local, tiveram de apelar para o “toss” de uma moedinha, o nosso conhcido cara ou coroa. Se duvidar, veja no jornal inglês The Guardian, com vídeo  e tudo.

Qualquer analista político diria, hoje, que é improvável uma vitória de Sanders e estaria certo. Há dois dias, porém, antes das primárias de Iowa, diria com a maior convicção que seria impossível.

Ao texto de Moore:

O meu apoio a Bernie Sanders

Michael Moore

Meus caros amigos,

Quando eu era criança, eles disseram que não havia nenhuma maneira deste nosso país de maioria protestante eleger um católico como presidente. Em seguida, John Fitzgerald Kennedy foi eleito presidente.

Na década seguinte, disseram que a América não elegeria um presidente do “Sul profundo”(¹). O último a conseguir isso por si mesmo (e não como vice-presidente) foi Zachary Taylor em 1849. E então nós elegemos Jimmy Carter presidente.

Em 1980, eles disseram que os eleitores nunca escolheriam um presidente divorciado que casou novamente. O país tinha modos muito religiosos para isso, disseram. Bem-vindo, presidente Ronald Reagan, 1981-1989.

Eles diziam que você não poderia ser eleito presidente se não tivesse servido nas Forças Armadas. Ninguém conseguia se lembrar de alguém que não servira eleito Comandante-em-chefe. Ou quem tinha confessado fumar (mas não tragar!) drogas ilegais. Presidente Bill Clinton, 1993-2001.

E, por fim, “eles” disseram que não havia maneira de os democratas ganharem se um homem negro fosse o indicado para a Presidência – e um homem negro cujo nome do meio era Hussein! Os Estados Unidos da América seriam ainda muito racistas pra isso. “Não faça isso!”, pessoas se advertiam discretamente entre si.

BOOM!

Você já se perguntou por que os especialistas, a classe política, sempre afirmam que o povo americano “simplesmente não está preparado” para alguma coisa – e eles estão sempre tão errados? Dizem o que dizem para proteger o status quo. Eles não querem distúrbios.

Tentam assustar as pessoas comuns para que elas votem contra o seu melhor julgamento.

Agora, neste ano, “eles” estão alegando que não há como um “socialista democrático” ser eleito presidente Estados Unidos. Essa é a principal afirmação que chega agora da campanha de Hillary Clinton.

Mas todas as pesquisas mostram Bernie Sanders realmente batendo Donald Trump por duas vezes mais votos do que se Hillary Clinton fosse a candidata.

Embora as pesquisas mostrem nacionalmente Hillary batendo Bernie entre os democratas, quando o pesquisador inclui todos os independentes, então Sanders bate Trump com vantagem de 2 por 1 sobre o resultado de Hillary.

A forma como a campanha de Clinton tem atacado Sanders de “socialista” é lamentável – e surda. De acordo com a NBC, 43% dos democratas de Iowa identificam-se mais estreitamente com o socialismo (partilha, ajuda) do que com o capitalismo (ganância, desigualdade). A maioria das pesquisas apontam que os jovens adultos (18-35) em toda a América preferem o socialismo (justiça social) ao capitalismo (egoísmo).

Então, o que é o socialismo democrático? É ter uma verdadeira democracia onde todo mundo tem um lugar à mesa, onde todos têm voz, não apenas os ricos.

O dicionário Merriam-Webster anunciou recentemente que a palavra mais buscada em sua versão on-line em 2015 foi “socialismo”. Se você tiver menos de 49 anos (o maior bloco de eleitores), os dias da Guerra Fria & Commie Pinkos(²) & a Ameaça Vermelha parecem tão estúpidos como o filme “Reefer Madness”.(³)

Se o maior argumento de Hillary a respeito de porque você deve votar nela é “Bernie é um socialista!” ou “Um socialista não pode vencer!”, então ela está perdida.

O New York Times, que admitiu ter criado histórias de armas de destruição em massa no Iraque e nos empurrou para invadir aquele país, já adotou Hillary Clinton – a candidata que votou a favor da Guerra do Iraque. Eu pensei que o Times tinha pedido desculpas e se reformado. O que está havendo?

Bem, o Times gosta que seus candidatos sejam realistas e pragmáticos. E para eles, isso significa Hillary Clinton. Ela não quer acabar com os bancos, não quer trazer de volta a lei Glass-Steagall(4), não quer aumentar o salário mínimo para US$ 15 por hora, não quer o sistema de saúde gratuito como o da Dinamarca. Que é apenas não realista, acho eu.

Claro, houve um tempo em que a mídia dizia que não era “realista” aprovar uma emenda constitucional dando às mulheres o direito de votar. Eles disseram que nunca passaria porque só legisladores homens votariam na emenda no Congresso e nas legislaturas estaduais. Isso, obviamente, significava que nunca passaria. Eles estavam errados.

Disseram uma vez que não era “realista” aprovar uma Lei de Direitos Civis E uma Lei do Direito ao Voto ao mesmo tempo. A América simplesmente não estava “pronta para isso”. Ambas passaram, em 1964 e 1965.

Há dez anos fomos informados que o casamento gay nunca seria lei do país. Que coisa boa que não demos ouvidos àqueles que nos diziam para sermos “pragmáticos”.

Hillary diz que os planos de Bernie apenas não são “realistas” ou “pragmáticos”. Esta semana, ela afirmou que “um sistema público de saúde nunca, jamais, vai acontecer”.(5) Nunca? Jamais? Uau. Por que não desistir assim?

Hillary também diz que não é prático oferecer universidade gratuita para todos. Você não pode ficar mais prático do que os alemães – e eles são capazes de fazê-lo. Assim como muitos outros países.

Clinton encontrará maneiras de pagar pela guerra e por benefícios fiscais para os ricos. Hillary Clinton foi a favor da guerra no Iraque, foi contra o casamento gay, a favor do Patriot Act(6), a favor do NAFTA , e quer colocar Ed Snowden na prisão. Isso é o bastante para embrulhar sua cabeça, especialmente quando você tem Bernie Sanders como uma alternativa. Ele será o oposto de tudo isso.

Há muitas coisas boas sobre Hillary. Mas é claro que ela está à direita de Obama e vai nos mover para trás, não para frente. Isso seria triste. Muito triste.

Oitenta e um por cento do eleitorado é feminino, de cor ou jovem (18-35). E os republicanos perderam a vasta maioria de 81% do país. Quem quer seja o democrata na disputa em novembro próximo vai ganhar. Ninguém deve votar por medo. Você deve votar em quem você acha que melhor representa o que você acredita.

Eles querem assustá-lo com a ideia de que vamos perder com Sanders. Os fatos, as pesquisas, gritam exatamente o oposto: nós temos uma chance melhor com Bernie!

Trump é alto e assustador – e os liberais se assustam fácil. Mas liberais também gostam de fatos. Aqui está um: menos de 19% de os EUA são caras brancos acima de 35 anos. Então acalme-se!

Finalmente, confira este gráfico – ele diz tudo. (Nota: Hillary agora mudou sua posição e é contra TPP – Trans-Pacific Partnership.)

Eu apoiei pela primeira vez Bernie Sanders a um cargo público em 1990, quando ele, como prefeito de Burlington, me pediu para ir até um comício na sua corrida eleitoral para se tornar congressista de Vermont. Eu acho que muitos não estavam dispostos a discursar por um declarado socialista democrático naquele momento.

Provavelmente alguém de seu escritório de campanha cheio de hippies disse: “Eu aposto que Michael Moore vai topar”. Eles estavam certos. Fiz o meu melhor para explicar por que precisávamos Bernie Sanders no Congresso dos EUA. Ele ganhou e eu tenho sido um defensor seu desde então – e ele nunca me deu razão para não continuar com esse apoio. Sinceramente, pensei que nunca escreveria começando com as palavras: “Por favor, vote no senador Bernie Sanders para ser o nosso próximo Presidente dos Estados Unidos da América”.

Eu não pediria isso para vocês se não achasse que nós real e verdadeiramente precisamos dele. E nós precisamos. Talvez mais do que imaginamos.

Atenciosamente,
Michael Moore

Tradução: Henri Figueiredo

NOTAS DO TRADUTOR

1) Deep South. Extremo Sul ou Sul Profundo.

2) Pinko é uma gíria cunhada em 1925 nos Estados Unidos para descrever uma pessoa considerada simpatizante do comunismo, embora não necessariamente um membro do Partido Comunista. Tem conotação pejorativa e serve para descrever qualquer um percebido como esquerdista ou socialista.

3) “Reefer Madness”, também conhecido como “Tell Your Children”, é um filme-propaganda de 1936 feito para exibição nas escolas contra o uso da maconha e relacionando-a com loucura e violência. Foi dirigido por Louis J. Gasnier.

4) A lei Glass-Steagall, ou ato Glass Steagall de 1933, estabeleceu a Federal Deposit Insurance Corporation, ou agência garantidora de créditos. A lei foi promulgada pela administração de Franklin D. Roosevelt para, basicamente, evitar um colapso financeiro sistêmico (como aquele ocorrido em 1929) e foi fundamental para o New Deal. Em novembro de 1999 foi revogada devido ao lobby do setor financeiro junto ao Congresso dos EUA. O documentário vencedor do Oscar “Inside Job” mostra como a derrubada da lei Glass-Steagall ajudou na grande crise do sistema em 2008. O cancelamento da Glass-Stegall removeu a separação que antes existia entre os bancos comerciais e os de inversão (que, fundamentalmente, especulam com ativos mobiliários de natureza não-exigível).

5) A frase original é “(…) single payer health care will NEVER, EVER, happen.” – O pagamento único de saúde (Single payer healthcare) é um sistema em que o governo, ao invés de as seguradoras privadas, paga por todos os custos de saúde. Sistemas de pagamento único podem contratar os serviços de saúde de organizações privadas (como é o caso no Canadá) ou podem ter e empregar recursos de saúde e pessoal (como é o caso no Reino Unido). O termo “pagador único” descreve apenas o mecanismo de financiamento referente aos cuidados de saúde financiado por um único organismo público a partir de um único fundo.

6) USA PATRIOT Act, a “Lei Patriótica” ou “Ato Patriota” é o decreto por George W. Bush logo depois do 11 de Setembro de 2001, em 26 de outubro de 2001. Permite, entre outras medidas, que órgãos de segurança e de inteligência dos EUA interceptem ligações telefônicas e e-mails de organizações e pessoas supostamente envolvidas com o terrorismo, sem necessidade de qualquer autorização da Justiça, sejam elas estrangeiras ou americanas. Após várias prorrogações durante o governo de George Bush, em 27 de julho de 2011, o presidente Barack Obama sancionou a extensão do USA PATRIOT Act contrariando sua promessa de campanha.

[A principal fonte da maioria das notas foi a Wikipedia em inglês. Todas passaram por edição e checagem em ao menos uma segunda fonte.]

LEIA O TEXTO ORIGINAL “My endorsement of Bernie Sanders“. O documentarista Michael Moore, vencedor do Oscar por “Tiros em Columbine” (2002), divulgou esta carta dirigida aos eleitores norte-americanos na noite de 1º de fevereiro de 2016, durante o Caucus de Iowa – primeira eleição das Primárias à Presidência dos EUA. A apuração final indicou que Hillary teve 49,8% contra 49,6% de Sanders – diferença, portanto, de apenas 0,2%.

Mensagem aos amigos

Após a leitura de blogs pela manhã (hoje não me privei desta costumeira missão) viralizei o artigo do Fernando Brito que fala sobre as fofocas da Dona Josefina na vila onde morou. Nada mais preciso e, ao mesmo tempo, tão revoltante: pagar R$ 30.000,00 por mês para um procurador servir a interesses inconfessáveis.

Mas estou lhe escrevendo hoje para externar uma sensação que o Conselhão provocou, e vai provocar ainda mais: - Surpresa !

Como aqueles neoliberais ( se é que se pode chamar de ignorante político deste nome, melhor diria o próprio FHC - neo bobo ) vão entender o Presidente do Bradesco dando apoio a Dilma. Fico a me perguntar o que passa agora na cabeça dessa gente. Um banqueiro? Aliás, o maior banqueiro privado do país. Afinal, é um banqueiro. Isto vai criar uma barafunda na cabeça dessa gente...acredite

Vamos equacionar o seguinte então:

- Por maior que seja o esforço do Moro em arpoar  o Lula, vai acabar se ferindo com o arpão. Já está, aliás.

- Por mais que o MP se esforce na missão de vazar, distorcer, etc..vai conseguir pegar é o Cunha   

- Por maior que seja a crise mundial que se origina da tentativa de transformar 600 trilhões de derivativos em ativos reais ( daí querer degradar a Petrobrás PN a menos de 1 Dólar ) a economia brasileira, independentemente dos aspectos financeiros/contábeis, se baseia em reservas reais de commodities, afora o petróleo, em insolação, em abundância de água. Por mais que se queira degradar os commodities estes tem um valor mínimo que garante o abastecimento dos países centrais, para garantir os custos de distribuição, armazenagem e os lucros dos seus empresários, além dos produtores, é claro. Ou seja o sistema, na base, não depende  tanto de seus desdobramentos finais, já que a realimentação positiva lhe dá um caráter  markoviano. ( desculpe-me o matematicismo ).
Com isso quero dizer que a resiliência dos sistemas tropicais, sendo muito grande, dado a abundância de energia (solar, na sua essência), acaba por consertar os defeitos inerentes à sua própria natureza. Logo de cara quero dizer que não compartilho com ideias de Faoro, DaMatta, Sergio Buarque etc... Quando falo de defeitos inerentes, falo de civilização, de todos os povos. Acho a cultura do samba e do jeitinho uma evolução ainda não depurada da civilidade. Ela é a quintessência da resiliência, da adaptabilidade, da resistência; enfim, da capacidade de sobreviver. Já demos provas de sobra; - na nossa idade vivemos pessoalmente experiências que as ratificam.
Pois bem, quanto a economia, acho que vamos ultrapassar a fase. Ponto

- Que a Dama de Ferro é, e a realidade tem provado, de aço, e não vai vender barato a guerra empreendida pela Dona Liliana e seguida pelos parvos de aluguel. Terminará o seu mandato com a nota máxima possível.

- Que, em não conseguindo pegar o Lula, e mesmo o pegando, terão deixado um espaço para a esquerda preenchê-lo com uma infinidade de opções. Ou seja, o sistema tomou uma forma n-ergódica e não adianta mais gastar energia. Mesmo que venham a consumar a patranha. O Lula terá conseguido ( se não se vitimizar ainda ) atrair o fogo das baterias da direita para um alvo que não o verdadeiro. ....Genial esse cara. Obama tava certo...È o cara.