terça-feira, 22 de março de 2011

Líbia ou lábia ?

Ao ler as notícias oriundas da Líbia, acabo por não saber o que verdadeiramente está acontecendo. Se Kadafi, ditador quase centenário protege o sub-solo, de quem ? Se Kadafi é diatador satânico, quem o defende no seu território ? Realmente é difícil entender o que está acontecendo, pois os que lutam para derrubá-lo se associam a uma parte dos quem o apoia.
Temos de assumir agora uma posição mais responsável que a que tivemos no passado. Falo nós ocidentais, que permitimos massacres terríveis na Mauritânia, na Costa do Marfim, em Biafra, e em muitos outros países da África sub-saariana, apenas porque não possuíam petróleo. Era problema deles, mas agora com a Líbia o probema é diferente; como ficaria a Europa seca de petróleo? Afinal Kadafi não era tão malvado assim quando Tony Blair o recebia com honras, quando o próprio Sarkozi se desdobrava em mesuras.
Temos é que ser menos hipócritas para tratar deste assunto que se arrasta desde o final da Segunda Guerra e deixa  no norte da África e na Palestina sequelas abomináveis.
O que não podemos mais é ficar com esta lábia de intervenção preventiva e mesmo com políticas de conveniência de curto prazo. Chega desta lábia de cafetão do petróleo. Ou assumimos uma posição de gente honesta e madura, que diz o que pensa e não apenas posa para a foto, ou teremos anos após ano, banhos de sangue ao estilo das Cruzadas, em nome de uma "civilização" que produziu de tudo, de Recheulieu a Torquemada e de Stalin e Milosevicht a Stroessner.
Mas estou vendo que realmente vai acabar ( ou continuar ?) mal esta história.

Um comentário:

  1. É verdade, são mais questões do que certezas. O quadro político, sempre confuso, torna-se pior quando a manipulação da informação entra em cena. Manipulação que interessa principalmente ao que o ex-Presidente estadunidense Eisenhower denunciou como o complexo industrial-militar. Um alerta sobre a forte intervenção lobista das grandes corporações, fabricantes de material bélico, que ditam desde a divisão do trabalho, em território norte-americano, quanto no processo decisório da política externa dos EUA. A Líbia estava na "mão" do Ocidente, participando, inclusive, de altos investimentos em vários setores da economia em diversos países. Mas, essa entidade mítica, chamada "Comunidade Internacional", decidiu pela intervenção militar, por tudo o que Eisenhower alertou que seria um perigo, há 50 anos atrás.

    Abs.

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