terça-feira, 17 de julho de 2012

A prova da prova

      O assunto por si só implica em uma dualidade na sua própria concepção: centralização versus descentralização.
      Recuperar este assunto para reflexão serve ao propósito de reforçar o que foi adrede comentado: instalar as fontes de produção agrícola e mesmo industriais próximas aos locais de consumo. 
      Por consequência, a lógica elementar já aponta para as mazelas da concentração industrial na Região Sudeste, além de, nestas mesmas, haver concentração nas capitais e cercanias. Tal concentração gera os já conhecidos e enfadonhos problemas de transporte, de distribuição de gêneros alimentícios e demais de consumo, distribuição de água e energia, de esgotamento sanitário, afora as consequências na segurança pública que são potencializadas pela concentração de renda, pela ausência do Estado em todos os ramos de atividade, ausência esta que se acelerou nesta metade do século.
      Trazer a questão da centralização à tona é fundamental, pois esta é uma das mais terríveis consequências da concentração de poder e da riqueza, uma interagindo e realimentando a outra.  
Vivenciamos em todas as áreas de atividade de governo dos entes federados, uma exagerada concentração das decisões, derivada do esvaziamento de autoridade que foi cultivado em nossas próprias mentes, como consequência de uma ética excludente:  a da participação do homem comum, o que produz, o que trabalha, o munícipe. Corrigir esta distorção absurda em nossos modelos mentais, significa corrigir os processos decisórios que levam à concentração urbana no final linha de comando, dos comandos.
      Seria útil aprofundar este pensamento mas, com uma contribuição proporcional ao meu próprio saber, ou seja, pequena, posso, encurtando caminhos, expressar o seguinte: Produzido no Brasil, ou seja, no AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RS, RR, SC, SE, SP, TO.  Não é exagero, acabo de consumir aqui no RJ uma deliciosa geléia de cupuaçu, manufaturada em Roraima, só que enviada para Dusseldorf. (tive que provar)  

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