quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ERP-simulação

      Após período de recesso volto aos textos sobre a evolução do ERP em direção a sua aplicabilidade baseada em recursos sistêmicos de IA.
     Tenho que considerar, nesta extensão sobre o assunto, a conveniência das metodologias aplicadas as diferentes naturezas estruturais e suas funcionalidade industriais et pour cause seus sistemas ERP.    Agrupando as empresas segundo sua natureza e sua diferenciação estrutural e funcional esquematizamos:

                                                                          ┌   Indústrias de Processo
                            ┌─  Produção-para-Estoque┤    
                            │                                            └ Indústrias dee Manufatura
                            
         Indústria      
                            │                                                  ┌ Indústrias de Processo
                            │                                                 
                            └─  Produção-por-Encomenda ┼ Indústrias  de Manufatura
                                                                                  │
                                                                                └ Projeto/Engenharia por Encomenda

      Obviamente não teríamos sistemas genéricos ótimos, na tecnologia atual e mesmo no futuro, se tentássemos fazê-los totalmente genéricos. Chamo atenção que há vários fornecedores de sistemas ERP a ofertá-los com tal generalidade; no processo de implantação destes, considerando as diversidades, evidentemente iria se despender um enorme tempo e custo tentando customizá-los. O mesmo dar-se-á em estágios futuros nos ensaios "what-if".
       Ao se considerar as restrições, seja de capacidade fabril, seja de fornecimento externo, e mesmo mão-de-obra, segundo tal diferenciação estrutural e funcional teremos então as implicações relativas a modelagem, tal como aquelas relativas a Lista-de-Material. Quanto aquelas relativas a capacidade fabril, já na década de 80, George Plossl desenhava no MRP-II (Manufacturing Resources Planning) a utilização da funcionalidade "Análise Bruta de Capacidade" (RCCP- Rough-Cut Capacity Planning) antes do Planejamento de Necessidades de Material (MRP). Ou seja, prevenção da inviabilidade de produção devido a falta de capacidade. Nas versões originais MRP-II ainda não se acoplava o Planejamento de Manutenção, com as suas paradas programadas. Percebe-se então desde há muito que havia a necessidade de se combinar as previsões de demanda com as "previsões" de recursos e insumos. Não podemos nos esquecer da  adaptabilidade experimentada na empresa de mineração, onde se derivou a demanda independente nas suas componentes, em um processo denominado KQT (K-quantidaddde, Q-qualidade, T-tempo) que imitava o processo industrial e a implícita dificuldade de se modelar as estruturas e as  funções industriais. Construir sistemas?...Já não era o caminho crítico.

     A questão que emerge é a necessidade de, ao se realizar a avaliação da demanda independente, relacioná-la com a disponibilidade e os custos dos recursos (material, mão-de-obra, maquinário/instalações, capital de giro). No diagrama  abaixo está representada a relação entre demanda e suprimento considerando os componentes funcionais. 
Na parte superior (da direita para a esquerda) flui a derivação e a cadeia do planejamento e aquisições. O registro e o tratamento da demanda (já resolvidas as questões comerciais e de crédito), a derivação referente ao planejamento de necessidades de materiais, a análise grosso-modo de capacidade, o planejamento de produção e suprimento de materiais e demais insumos (mão-de-obra, energia) juntamente a demanda de capital de giro. 


  Na parte inferior (da esquerda para direita) se representa a consequente cadeia de execução: compras, recepção de materiais, inspeções, admissões de pessoal, estocagem, fabricação (fabricação, montagem, acabamento, embalagem, expedição).
      Fácil se intuir que o ideal seria conhecer com precisão, ou mesmo aproximadamente, a relação entre  Valor de Saída / Valor de Entrada, não apenas referentes a valores financeiros, mas aos valores de quantidade vendida por quantidade adquirida. 
    É claro que se houvesse tal viabilidade, nem seriam necessários os gestores, o trabalho clerical administrativo; bastava ligar o computador e ir tomar sol na praia. Não é  deste automatismo que trata; é se estabelecer métodos de análise que nos permitam adiantar medidas com maior precisão. Medidas estas que se aplicam, estágio após estágio, ao processo produtivo e logístico, seguindo a hierarquia tal como se representa no fluxo acima, e como se tem evoluído nos sistemas (MRP, MRP-II, ERP).
    Como então seguir a evolução da hierarquia e implementar a faculdade de se inferir quantitativamente  comportamentos, segundo a correlação de insumos, já incluindo paradas de processo, faltas, atrasos de entrega e outras componentes estocásticas? Vamos então para a aventura das origens meridiano de Greenwich. ( Estou aqui parafraseando e me inspirando na magistral obra de Paul Masursky dos anos 70, o filme  "Next stop, Greenwich Village", lembrando  o contemporâneo saudoso Lenny Baker rfip.

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