terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia do Trabalhador

        A comemoração do Dia do Trabalhador, diz-se também "Dia do Trabalho", ato falho, devia ser destinada não apenas aos que sobrevivem deste, mas também destinada aos que fazem do trabalho um ato de redenção. Os escravos eram trabalhadores, os abolicionistas eram redentores, pois trabalhavam por uma causa de sobrevivência de todos os homens. Uma boa parte dos abolicionistas tinha a sua sobrevivência garantida; lembremo-nos que alguns eram até nobres. Mas a lucidez era comum a todos, basta lembrar de Joaquim Nabuco, cujo único título de nobreza era a da inteligência.  

       Pensar o trabalho como valor maior é nobre e válido, mas fazer do trabalho direito e dever de todos é fazer justiça;  e o que dá o maior trabalho é lutar por esta justiça social, é lutar pelo direito de todos. E esta luta é de todos mesmo, é missão de trabalhadores, de empresários, de políticos e de todo aquele que não quer sentir o amargo gosto da censura da própria consciência. Seja o empresário, lutando pela produção. Seja o dirigente público, lutando pela justiça e pelo progresso. Seja o político, lutando pela justiça social. Ou seja o trabalhador lutando pelos seus próprios direitos, o que na nossa história não tão remota, ceifou  vidas de heróis que ousaram pela justiça. Realmente muitos tombaram, muitos foram torturados.
        Os que sobreviveram deram testemunho, como fizeram aqueles em Chicago, e lutaram desde as portas das fábricas até alcançar a porta do Palácio do Planalto e lá entrando ter a oportunidade de fazer Justiça. E justiça é vida.
       O trabalho é a eterna luta contra a degeneração e a entropia de tudo, é a luta pela vida.
Vida longa aos que trabalham, vida longa aos que produzem, vida longa aos que lutam pelos direitos.


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