( do blog advivo: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/hollande-%E2%80%9Causteridade-nao-e-fatalidade%E2%80%9D)
A sabedoria popular que diz " não há mal que tanto dure..." serve para
mostrar que nações diante de situações difíceis, à partir de um certo
estágio de organização social, engendram processos de correção de rumo,
até com um certo sacrifício.
A França, e a Europa na sua maioria, embarcaram, em meio ao estado
de bem estar social, na canoa furada da desregulamentação, do
neo-liberalismo. Acabaram colocando Sarkozy no poder. Nem precisa dizer
no que deu.
Ter conseguido esta mudança de rumo, não foi fácil, basta ver a
fração de franceses que ainda acreditou nas vãs promessas do candidato
sem lado, do candidato dele mesmo pode-se dizer, pois ninguém consegue
dizer o que Sarkozy realmente representa, por não ter firmeza, nem
percepção dos interesses nacionais. Daí ter sido presa fácil para o
canto da sereia merkeliana.
Holland tem a tarefa agora de disciplinar o pensamento das esquerdas
(coloco no plural mesmo) na direção do desenvolvimento, que é bandeira
que nunca deveria ter saído das mãos das esquerdas... no mundo tudo ( aí
nos incluímos também). Só que aquí tivemos o Lula para salvar a pátria;
diga-se de passagem "salvar a pátria" está no sentido literal mesmo,
pois lembremo-nos que fomos levados pelos doutos ao FMI por três vezes,
com saco de maldades na mão e tudo).
Mas lá, como cá, estará se reconstruindo e resgatando o que foi
tentado e conseguido nos anos finais do século XX. Lá, mais do que aquí,
terão de ver que não serve mais ao mundo a visão colonial de usurpação,
que ainda habita certos corações e mentes.
Aquí, mais do que lá, teremos de vencer o atraso educacional e
cultural, mas podemos acelerar esta tarefa à partir da utilização de
enormes estoques de energia, seja a do Sol, transformada pelas folhas,
seja a do subsolo, seja a psicológica, derivada da extensa miscigenação,
que multiplica aptidões e atenua defeitos.
Que esta réstea de luz que se acende no horizonte, venha iluminar
todas as terras, que ainda sofrem a escuridão gélida e estéril da noite
neo-liberal.
Damos boas vindas a Hollande e que ele venha ajudar Dilma a iluminar em raios fúlgidos este novo sol da liberdade.
Vive la France
Via o Brasil
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