segunda-feira, 7 de maio de 2012

Benvindo Hollande

 ( do blog advivo: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/hollande-%E2%80%9Causteridade-nao-e-fatalidade%E2%80%9D)


A sabedoria popular que diz " não há mal que tanto dure..." serve para mostrar que nações diante de situações difíceis, à partir de um certo estágio de organização social, engendram processos de correção de rumo, até com um certo sacrifício.
A França, e a Europa na sua maioria, embarcaram, em meio ao estado de bem estar social, na canoa furada da desregulamentação, do neo-liberalismo. Acabaram colocando Sarkozy no poder. Nem precisa dizer no que deu.
Ter conseguido esta mudança de rumo, não foi fácil, basta ver a fração de franceses que ainda acreditou nas vãs promessas do candidato sem lado, do candidato dele mesmo pode-se dizer, pois ninguém consegue dizer o que Sarkozy realmente representa, por não ter firmeza, nem percepção dos interesses nacionais. Daí ter sido presa fácil para o canto da sereia merkeliana.
Holland tem a tarefa agora de disciplinar o pensamento das esquerdas (coloco no plural mesmo) na direção do desenvolvimento, que é bandeira que nunca deveria ter saído das mãos das esquerdas... no mundo tudo ( aí nos incluímos também). Só que aquí tivemos o Lula para salvar a pátria; diga-se de passagem "salvar a pátria" está no sentido literal mesmo, pois lembremo-nos que fomos levados pelos doutos ao FMI por três vezes, com saco de maldades na mão e tudo).
Mas lá, como cá, estará se reconstruindo e resgatando o que foi tentado e conseguido nos anos finais do século XX. Lá, mais do que aquí, terão de ver que não serve mais ao mundo a visão colonial de usurpação, que ainda habita certos corações e mentes.
Aquí, mais do que lá, teremos de vencer o atraso educacional e cultural, mas podemos acelerar esta tarefa à partir da utilização de enormes estoques de energia, seja a do Sol, transformada pelas folhas, seja a do subsolo, seja a psicológica, derivada da extensa miscigenação, que multiplica aptidões e atenua defeitos.
Que esta réstea de luz que se acende no horizonte, venha iluminar todas as terras, que ainda sofrem a escuridão gélida e estéril da noite neo-liberal.
Damos boas vindas a Hollande e que ele venha ajudar Dilma a iluminar em raios fúlgidos este novo sol da liberdade.
Vive la France
Via o Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário