sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Falácia e esperança

      Pautar os assuntos pela badalação da mídia não me agrada, mas me obriga e externar opinião, como soe a qualquer cidadão. Não há assunto que ocupe as páginas dos jornalões mais atual que o "Mensalão", nome bem dado a uma patranha que corrói a democracia faz uns bons tempos, desde a Velha República. Está até disputando espaço com as Olimpíadas. Ocorre que hoje, até quem está mais sujo que pau de galinheiro, que é o caso do folhetim "Veja", também se dá ares de seriedade. 
      Lembro-me ainda menino do escarcéu que foi a Carta Brandi, lembro também da fuga do Lacerda no cruzador Tamandaré, sucata da Segunda Guerra Mundial que os americanos nos mandaram sem uma das hélices (o navio andava meio de esguelha).  Depois de desvendada a falsidade nada ocorreu senão o julgamento da História. Os jornais não escrevam uma linha. A História sim, inexorável e, não diria justa, mas implacável.
      O História  do Julgamento, já no primeiro dia assisti ontem a trechos, se vê que não sobreviverá ao Julgamento da História, dado o sensacionalismo. E é aí que a grande mídia deixa de servir a Democracia e a Justiça, já que impõe um julgamento político, se pode-se dizer, em vez do julgamento dos atos da patranha.
      Pessoalmente acho que não há nenhum inocente em se tratando da causa comum; todos estão, de um modo ou de outro, enroscados nesta trama. Ou por participação, ou por leniência. No entanto o fato de estarem metidos no negócio, de fato, não está sendo julgado. Percebe-se o que está sendo julgado é tão somente a pertinência do lado. De um lado a a Justiça, de outro lado a mídia, dando-se ares de juiz.
      O estrago a democracia perpetrado pelos réus até se compara aquele que a própria mídia agora está a produzir.
      Lembremos do Caso Dreyfus, da Carta Brandi,  do Coronel Pantoja, e de tantos outros onde a aparência prevaleceu sobre a valência. Lembremo-nos da maior das injustiças que está estampada no nosso índice GINI, no nosso IDH, na absurda falta de oportunidade da Educação e que não merece a devida atenção por parte dos jornalões.
      Mas a maior delas é a impunidade da mídia que se dá ao direito da não retratação de seus erros. O comportamento da mídia quando deveria ajudar a desvendar e elucidar, esfumaça propositalmente a realidade, quando não a constrói segundo interesses inconfessáveis. Se tomarmos a "Veja" como exemplo, fico a imaginar o que a História não estará reservando para o crime hediondo cometido contra Pedro Collor.
      Realmente acho que falta ainda muito de maturidade nossa para se fazer da Justiça um valor ético e não um valor econômico. Com isso vou errando ao escrever sobre a produção, para não produzir erros ao escrever sobre assunto tão abjeto. Mas ainda tenho esperança na minha Pátria e acredito na sabedoria dos Provérbios: -  Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.

Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.
Provérbios 2:21-22

Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.

Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.
Provérbios 2:21-22
Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.

Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.
Provérbios 2:21-22
Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.

Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.
Provérbios 2:21-22

Nenhum comentário:

Postar um comentário