segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Labor omnia vincit

    De volta, após afastamento prolongado, já que a atividade de implantação de um sistema computacional de grande escala domina totalmente a mente e esgota as capacidades reflexivas adicionais ao trabalho imediato, não poderia deixar de comentar o que li e ouvi ao longo deste período, onde a atenção mais se deslocava para o imediato, sobre a badalação política. Falo sobre a badalação do "mensalão". Não falo julgamento, pois é lamentavelmente badalação e mais faz parecer comício político ou festival de rock. É triste mas é uma realidade irrebatível.
    Independentemente da peça acusatória do Gurgel, que perdeu a oportunidade de contribuir para o processo político eleitoral, e do ministro relator que, independentemente de seu voto, se comportou mal como um Ministro, com atitudes incompatíveis com a dignidade e importância de seu cargo, tal como deboches e cinismos, o que posso dizer deste caso político, infelizmente tão somente político, que alimentou muita página de jornal, é que o povo não deu a importância que este merece. 
    Não quero fazer diagnósticos, pois não me acho preparado para tal, mas percebo claramente que os canais da mídia saturaram o tema e então "ipse venena biba". De  tanto se envolverem no evento,acabaram por fazer parte e então deixaram de informar e serem isentos, passaram a votar. Passo definitivo para a perda de credibilidade a falta de isenção. Como julgamento político que foi, à ponto do Gurgel aberta e despudoramente se pronunciar por um resultado político, retirando o manto de respeitabilidade que o solene lhe entrega, nada surtiu efeito. É como se os acusados e condenados fossem recompensados com reconhecimento público. O bombástico, o midiático, a badalação, prestaram um enorme desserviço a causa política, onde os temas "financiamento de campanha", "natureza e constituição dos partidos políticos" e demais, que precisam evoluir, tiveram um hiato de contribuição.
    Mas, como diz o ditado latino, "veritatis simplex oratio", a verdade dispensa falação, vamos em frente no tema preferido que é a industrialização do Brasil e a nossa evolução científica e tecnológica. Aliás a Presidenta Dilma hoje recebe o presidente da alemã BMW que veio escolher o local da nova fábrica de automóveis. Aliás já escolheu; onde já se fala alemão, Santa Catarina, no município de Araguari. Fabricar BMW's no Brasil cai bem; ambas são marcas de prestígio. Uma, nação emergente e progressista, a outra, empresa de maior prestígio mundial em automóveis. Mas já temos uma pareceria interessante: o interior do jato executivo Lineage 1000 é projetado pela BMW (só para dar um gostinho, visitem neste site o interior do jato executivo da Embraer):
 http://www.embraerexecutivejets.com/portugues/content/aircraft/lineage1000_home.asp)
  No mais, é esperar pra ver o que resultará deste imbroglio, pois ninguém duvida mais que esta história não vai acabar por aí. Pois por agora ainda não se sabe, se ganhou o bem ou o mal. Se quem ganhou foi o bem, que bom, se foi o mal vale o ditado popular: o mal ganhado, o diabo o leva (mala parta, male dilabuntur)
   Prefiro então seguir o bem e o trabalho. Labor omnia vincit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário