terça-feira, 22 de janeiro de 2019

CTI

Nestes vinte dias tenho tido realmente dificuldade de entender com clareza o que se passa no país. Tenho esperado para escrever algo que reflita um entendimento do golpe nos seus diversos estágios; se originando nos interesses internacionais e da banca, passando pelo Parlamento, com Supremo Tribunal Federal com tudo, como disse o Jucá, passando ainda pelo governo do Temer, notório larápio e agente internacional, figura triste a representar uma sociedade doente.
O máximo que consegui compreender é que a nossa sociedade está doente. Mas hoje, lendo jornais e varrendo a blogosfera, vejo que não apenas estamos doente: - estamos em estado muito grave. Justifico.
Em meio a este caso do Queiroz, onde houve notório vazamento de informações, diga-se de passagem, descobre-se que o Queiroz, ex-sargento da PMERJ, se escondeu, procurou abrigo, na Favela do Rio das Pedras, antro de milícia onde nem o BOPE entra, ou por precaução ou por outra razão mais terrível que espero nem exista.
Respeitando direito de defesa, fazendo todas a concessões que se exige numa acusação, uma coisa fica evidenciada: - um dos Bolsonaros, senão todos, tem ligação com milícias.
Se avaliamos o caso do assassinato da Vereadora Marielle Franco, que hoje se sabe ser de autoria de milicianos, compreendemos a gravidade destas relações e onde elas podem nos levar.
Em uma das manchetes se lê:
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Rio desencadeou nesta terça-feira a Operação "Os Intocáveis", em Rio das Pedras, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes; os principais alvos são o major Ronald Paulo Alves Pereira e o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras – onde Fabrício Queiroz chegou a se esconder; ambos foram homenageados em 2003 e 2004 na Alerj por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro, o único presidenciável que não condenou o assassinato.
Independentemente da orientação política do veículo, o que se percebe é a deterioração vertiginosa da crise que vivemos. Saltamos de crise econômica, para a esfera policial. 
O Presidente irrefutavelmente está envolvido, queira ele ou não, já que aceita, ou estimula até, interferência de sua família em negócios do Estado, já que seu filho já foi em missão aos EUA.

A atual situação exige cuidados de centro de tratamento intensivo. Não mais estamos falando de partidos políticos, ou ideologias, ou finanças. Estamos falando de envolvimento com o crime organizado.

Não somente dos militares se exige providências, mas de toda a população de cidadãos que se considerem os "homens direitos", aqueles todos que dizem merecer os Direitos Humanos. 

Ultrapassamos, sim, o domínio da política e caímos desgraçadamente na domínio do crime organizado.

A nação está em estado grave, necessita de procedimentos urgentes. 

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