quinta-feira, 14 de junho de 2012

Claque de aluguel

    Há um ditado que diz "que do bobo nada se espera, e do esperto todos se previnem". É por isso que o esperto se faz de bobo. E sempre acaba pegando de surpresa seus pretensos predadores. 
    O que temos visto nos últimos dias faz jus ao ditado mas, mais ainda, ao papel que os espertos interpretam na arena da política, que tem como espetáculo principal a CPMI. 
    Os outros esquetes são interpretados por contratados já em fim de carreira, que já não tem mais claque espontânea. Os números do Mendes e do Gurgel não tem aplausos, nem mais da claque da mídia, contratada, mas que já perdeu a paciência mesmo após ter ajudado nos malabarismos, pois acabaram jogando os pratos no chão, na frente do público. 
    Vejam então que no meio do disse-me-disse, no meio deste arranca rabo político, marcha incólume a Senhora Dilma, absolutamente distante, porque ligada e ocupada com obra, com crise, com indústria brasileira, com pleno emprego. 
    Será então que estes senhores, papas da comunicação, não se dão conta que não tem mais platéia? Que a arena que montaram os leões comeram todos os condenados e esgotaram o espetáculo?
    Em meio a crise, a problemas extremamente complexos de segurança, soberania, energia, economia, distribuição de renda, o cidadão mais humilde intelectualmente não irá ocupar o espaço mental da  sobrevivência e do trabalho, com questões artificiais; melhor é discutir futebol.
    Pouco a pouco, mas inexoravelmente, os mais incrédulos e crentes estão perdendo a paciência com estes prestigitadores de feira.
    Temos que lutar por uma imprensa mais culta e mais esperta, porque esta é boba legítima; nem mais consegue se passar por esperta para se fazer de boba. Ninguém mais acredita nela, nem os espertos que se fingem de bobos. São apenas claque de aluguel. Quem os paga?

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