segunda-feira, 11 de junho de 2012

Evolução, apesar de tudo

     Não sei se me considero um otimista irremediável, um pragmático inveterado, mas concluo que estamos em um momento da nossa história especialmente evolutivo. De tanto ver a peroração espetacular das maldades na imprensa, muita gente até perde as esperanças, sem perceber que a nossa evolução tem sido, em diferentes velocidades a cada ramo da sociedade , uma das maiores do planeta. 
     Muitos avanços deveriam ter sido maiores e mais rápidos, mormente aqueles na área social, mas mesmo sendo emperrados pela má vontade dos retrógrados e pela enferrujada máquina do Estado, vamos mais rápido se comparados aos tempos míopes da liquidação do mesmo Estado, que agora os mesmos retrógrados vêem que não pode ser descartado, pois dele dependem e dele tiram sustento; até demais. Basta ver o que ocorreu com a UE, onde a transferência de riqueza esvaziou tudo, em nome da liquidez. Todos líquidos, à ponto de dissolver.
    No nosso caso, conseguimos à duras penas convencer boa parte dos empresários, mas não banqueiros, que cabe-nos a criação de nosso mercado. Será à partir deste que poderemos sobreviver à falácia neo-liberal (este nome que  foi exorcizado pelo próprio conservadorismo). Falácia que teima em tornar todos os Estados líquidos e superavitários ao mesmo tempo. Quem troca o que, não sei.
      Convencidos que estamos que o desenvolvimento social tem de marchar paralelo ao desenvolvimento econômico, partimos agora para a tarefa que tanto estardalhaço ouvimos, o do banimento da corrupção. Ocorre que quem mais grita é quem menos deseja a verdade, a vida nos ensina. O que temos observado é uma falsa moralidade a esconder os verdadeiros interesses que vem travando a nossa soberania. São os que andam  no cabresto do capital internacional é que mais gritam, pra ver se assim escapam ao inexorável fio da foice da história.  Não pensem que este poder de alardear os fará incólume, pois, mesmo a nossa notória imobilidade popular também tem limite. Quando alguém passa a ter algo a perder, não há dúvida que seu comportamento mudará em direção a defesa de suas conquistas. Lembremo-nos que alguns milhões de brasileiros conquistaram algo a defender. Mesmo que digam que só assim, defendendo o bolso, reagem ( como se os críticos não fizessem o mesmo), nada mudará o curso inexorável da História, que escreve os conflitos e as vitórias dos Povos que lutaram .
     É aí que mora o senhor da história, que só sabe evoluir. Não adianta tentar convencer alguém que deve morrer, muito menos um povo. Os que morreram, o fizeram lutando, sempre.
     Aqueles que teimam em travar o desenvolvimento e a consequente justiça social, tem o destino certo do esquecimento da história. 
     Realmente estamos atrasados em muitas de nossas capacidades, mas agora provamos o gosto da evolução.    
     
     

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