sábado, 16 de setembro de 2017

Histeria moralista....

Não pude deixar de registrar aqui as palavras do Dr. Wadih Damous ( será que ele não vai se incomodar de tratá-lo por doutor ?  Ok, Sua Excia. é o tratamento certo ). Foi tão cirúrgico que acabei confundindo a sua profissão, mas não sua integridade e patriotismo.

A histeria moralista que está afundando o Brasil


Em edição recente do TV Afiada, o brilhante jornalista Paulo Henrique Amorim leu mensagem sobre a situação atual do Brasil que lhe foi enviada por um dos maiores advogados do país :“É preciso salvar os empregos e a economia, punir os responsáveis por malfeitos e seguir em frente. A paralisia moralista está afundando o país. Mais racionalidade econômica e inteligência e menos histeria moralista.”

É isso. Esse vendaval udenista, ao mesmo tempo em que fecha milhões de postos de trabalho e inibe investimentos, inocula na sociedade sentimentos de intolerância e de ódio sem paralelos na história.

Pilares fundamentais do iluminismo, como a convivência entre seres humanos com valores, credos e ideologias diferentes, vão sendo dizimados à luz do dia e, mais grave, naturalizados por governos, meios de comunicação e parte expressiva da população.

A cena estarrecedora que circulou pela internet de traficantes ditos evangélicos obrigando, sob ameaça de morte, praticantes de religião de matriz africana a destruírem templos e símbolos de sua fé não pode nem deve ser vista isoladamente.

Ela é a expressão de uma sociedade gravemente enferma, cujo patologia, sem exageros, já se constitui em séria ameaça ao estado democrático de direito e ao futuro do país como uma nação na qual as pessoas possam viver e criar seus filhos com um mínimo de paz.

O punitivismo que grassa no sistema de justiça criminal do país é outro reflexo da histeria moralista apontada por PHA. Já somos o quarto país em número de encarcerados, caminhando a passos largos para em breve assumirmos a terceira posição.

Centenas de milhares de condenados por crimes de menor gravidade em vez de cumprirem penas alternativas, e não privativas de liberdade, são submetidos ao suplício das sucursais do inferno que são as nossas cadeias.

Do alto de sua soberba e arrogância, procuradores e juízes da Lava Jato, pretensos paladinos da moralidade, se lixam para o estrago que causam na economia e para o drama vivido por mais de 13 milhões de brasileiros desempregados. Com polpudos salários, em geral acima do teto constitucional, integrantes do MP e do Judiciário não perdem o sono com o resultado nefasto de sua cruzada messiânica contra a corrupção: paralisação de setores estratégicos da economia, como óleo e gás e engenharia.

Em todo o mundo ao longo da história casos de corrupção foram e são enfrentados com a responsabilização dos culpados, mas sem prejuízo da manutenção das empresas, fatores de desenvolvimento e geração de emprego e renda. Dentre tantos exemplos, vale sempre citar o caso da poderosa multinacional alemã Siemens, cujos executivos que colaboraram com Hitler acabaram condenados a duras penas, mas a companhia foi preservada e até hoje é um dos símbolos da pujança da economia alemã.

Wadih Damous – deputado federal e ex-presidente da OAB-RJ

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Da ricordare è vivere

Era tutto questo periodo insufficiente per la riflessione e il pentimento? Basta solo un po 'di maturità e ragionamento.

L'arte è massime espressioni di umanità​. 

Dunque, il telaio mostra una "famiglia" veramente unita. 
E il "capo" guardia i ricordi della persona amata.
Non voleva un "Rinascimento"?

Agora aguenta a Máfia, ou vá bater panela.
Ou então aprenda que ódio só gera ódio, e aprenda a conviver com os diferentes, com os mais pobres; pois é deles que depende teu sustento agora ​e para sempre, já que a tua aposentadoria foi pro ralo (a não ser que tu sejas juiz, desembargador, ou mesmo militar). 



Mira a tua obra.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Limite de profundidade

A grande questão que se apresenta, em meio ao sentimento de dúvida, desespero, descrença, desânimo,  e tudo que possa ser creditado à desesperança, é se encontraremos uma saída para esta situação humilhante de país de segunda classe, habitado por escravos, feitores, capitães-do-mato e senhores munidos de instrumentos eletrônicos do século XXI para desenvolver e transitar  mundo afora as suas riquezas mas aos moldes dos tempos coloniais. Assim estamos. Quando resolvemos desmontar tudo que construímos com suor e sangue e adentrar ao século IXX.
Na conversa que tenho tido com quem compartilha das minhas esperanças, ou desesperanças, emerge esta questão, a de como poderíamos sair desta situação.
Só vejo uma saída agora, ...lamentavelmente, pela força.
Depois de acabar com o programa PROSUB, de entregar reservas criadas em 1984 ao capital descontrolado, de querer agora acabar com a Petrobras e a Eletrobrás ( nem estou mais falando de Previdência Social )  o governo postiço que temos terá de ser retirado à força, pois os outros poderes estão, se não coniventes, apáticos.
Aguardo, sinceramente, para breve uma mudança neste quadro; ou desautorizando-o, mas mantendo as aparências, ou simplesmente depondo-o.
Se deixarmos seguir este  despautério chegaremos em 2018 sem país. muito menos eleições.
Se afundarmos mais não conseguiremos mais respirar.

Privatização ou escracho?

Transcrita da Carta Capital artigo de William Nozaki, Professor de Ciência Política e Economia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e integrante do Grupo de Estudos Estratégicos e Propostas da Federação Única dos Petroleiros:



Há mais de duas décadas a política macroeconômica tem sido orientada por juros elevados e câmbio valorizado, em um cenário internacional marcado, do ponto de vista financeiro, pelas oscilações dos ciclos de liquidez e, do ponto de vista produtivo, pela emergência das cadeias globais de valor.

Essa combinação de fatores contribuiu para a mudança no perfil do empresariado industrial, que, progressivamente, passou a diversificar parte dos investimentos produtivos, convertendo-os em aplicações financeiras, de modo a auferir ganhos menos com lucros de médio e longo prazos e mais com rendimentos imediatos.

A financeirização que ao longo dos últimos anos foi tratada como uma questão prioritariamente macroeconômica agora revela sua face microeconômica. O caso atual da Petrobras tem sido emblemático, o rentismo não impõe sua influência sobre a petrolífera apenas de fora para dentro, ele também exerce seu poder de dentro para fora ocupando assentos nos espaços decisórios do conselho, da diretoria e da própria presidência da empresa.

Como se sabe, observa-se atualmente em curso um projeto acelerado de desmonte do arranjo institucional e estatal que criou condições para o desenvolvimento brasileiro. No epicentro desse processo encontra-se a Petrobras.
Desde 2003, a estatal preservou-se de uma forte interferência dessa lógica financeirizada na gestão interna. Ou seja, a estratégia e os projetos desenvolvidos pela Petrobras ficaram à cargo de um corpo técnico e diretivo ligado à própria empresa e/ou a especialistas que não materializavam, ao fim e ao cabo, os interesses rentistas. Foi agora, na gestão Pedro Parente, que houve, porém, uma forte reconfiguração desse cenário.

A atual gestão apresentou um novo Plano de Negócios e Gestão (2017-2021) cuja centralidade está no pacote de desinvestimentos e privatizações. Desde então, a Petrobras estabeleceu como meta se desfazer de ativos e patrimônios estimados em 34,6 bilhões de dólares (perto de 110,7 bilhões de reais).

A companhia retira-se dos ramos da petroquímica, biocombustíveis e fertilizantes, abre o mercado de refino para uma centena de importadoras, sinaliza para a abertura de capitais da BR Distribuidora, encolhe sua atuação logística, se desfaz de suas térmicas e promove a venda de campos estratégicos do pré-sal, abrindo o mercado nacional para multinacionais como a Total (francesa), a Statoil (norueguesa), a Taiyo Oil (japonesa) e a Alpek (mexicana), entre outras.

Para além da chegada de grandes companhias petrolíferas no País, o que chama a atenção é a participação de grandes fundos de investimentos no atual processo de privatizações, como é o caso, por exemplo, do Brookfield, que arrematou a compra da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) por 5,2 bilhões de dólares (16,6 bilhões de reais).

Não só as empresas do setor, mas o mercado financeiro está sedento pelas novas oportunidades abertas pela Petrobras.

Dessa vez, é importante destacar: os interesses financeiros assediam a Petrobras a partir do seu interior e gera desconfianças sobre a possibilidade de existência de conflitos de interesse e tráficos de influência na companhia e no seu plano de privatizações.

A despeito de alardear a eficiência de seu novo programa de governança, compliance e de seus testes de integridade para a nomeação do alto escalão da companhia (background check), é no mínimo curioso notar que parte dos diretores e conselheiros da Petrobras permanece atuando ou atuou em segmentos empresariais diretamente interessados no desmonte da Petrobras, com destaque para conexões que deságuam no setor financeiro.

O diretor-executivo de governança e conformidade, João Adalberto Elek Jr., foi diretor financeiro do Citibank por mais de 20 anos e acabou recentemente afastado temporariamente do cargo, pois contratou sem licitação a consultoria financeira Deloitte, empresa onde sua filha trabalha. Em outras palavras: o responsável por apurar casos de conflitos de interesse é ele mesmo um interessado em conflito com as normas éticas da própria empresa. O atual diretor de estratégia, organização e sistema de gestão, Nelson Silva, foi CEO da BG e da Comgás, essa última concorrente da Liquigás Distribuidora, também privatizada.

No conselho da Petrobras, por seu turno, dos nove conselheiros, ao menos quatro tem relações pregressas ou presentes com empresas hoje interessadas na venda dos ativos da Petrobras: Luis Nelson Guedes de Carvalho e Durval José Soledade Santos, dividem suas atuações, simultaneamente, no conselho da Petrobras e no conselho administrativo da BM&FBovespa.

Francisco Papathanasiadis foi presidente da Associação Brasileira de Mercado de Capitais e Marcelo Mesquita trabalhou nos bancos Garantia e BTG Pactual. Em todos os casos, observa-se uma intensa presença de interesses financeiros na órbita e no interior da Petrobras.

Talvez o caso mais emblemático seja o do próprio presidente da Petrobras. Pedro Parente mantém seu posto de presidente do Conselho Administrativo da BM&F Bovespa justamente num momento em que a companhia realiza desinvestimentos e abertura de capitais de algumas de suas subsidiárias, além de ter atuado como CEO da Bunge, grande interessada na área de atuação da Petrobras Biocombustíveis, também privatizada.

Mais ainda: Parente é proprietário de uma empresa especializada em gestão financeira de ativos de famílias milionárias ou bilionárias, a Prada Ltda., onde tem como sócia sua esposa, oriunda do JP Morgan e do Credit Suisse, além de uma gestora egressa do setor financeiro da Booz Allen.

Em 2014, quando Parente saiu da Bunge, a Prada Ltda atendia uma carteira de 20 famílias, todas com patrimônio acima de 20 milhões de reais. Em 2016, depois de Parente ter sido nomeado presidente da BM&F Bovespa e da Petrobras, sua empresa privada passou a atender 91 famílias e 4 empresas, agora incorporando clientes com patrimônios bilionários.

Além disso, Parente é também conselheiro do grupo RBS, sucursal da Rede Globo no Rio Grande do Sul, e do Grupo ABC, empresa de propaganda que tem como sócios Nizan Guanaes e Armínio Fraga, este último, por seu turno, proprietário da Gávea Investimentos, que estabelece relações com grandes bancos e fundos internacionais interessados nos pacotes de desinvestimentos da Petrobras.

Os atuais gestores da maior petrolífera da América Latina tem por hábito defender as virtudes do mercado em contraposição aos vícios do Estado. Se dizem liberais, mas não cultivam a suposta impessoalidade e a propalada separação entre público e privado que eles mesmos dizem ser um traço essencial do liberalismo, no lugar disso se enroscam em tramas envolvendo laços de família e amizade que se convertem em troca de favores travestidas de operações técnicas e isentas. Desse modo, operam o desmonte de Estado e das empresas estatais como se estivessem numa ação entre amigos. São exatamente esses “operadores amigos” que encomendaram a privatização da Eletrobras.

Tantas possibilidades de conflitos de interesses, como no caso atual da Petrobras, causaria vergonha a qualquer liberal digno do nome, mas no Brasil, como se sabe há muito, o liberalismo é ideário de fachada, mero verniz para disfarçar a porta que abre aquela antessala onde se encontram os vendilhões do patrimônio público e os mercadores financeiros da iniciativa privada.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Chega

Entender o que ocorre no Brasil à partir de fora é impossível. Vários testemunhos já foram dados, muitos até assisti, seja por europeus ricos, seja por autoridades governamentais, seja por orientais que observam desde longe, mas atentos agora, seja por quem for, entender é impossível. Impossível entender e admitir a passividade que nos domina. Já ouvi comparações com o povo grego, irlandês, espanhol e não se consegue traçar nenhum paralelo, tampouco encontrar justificativas.
Deixamo-nos enganar  pelo impeachment. Assistimos a campanha feita pela mídia orquestrada, desde os agentes (Milleniun, Amcham, Lemann e vários outros) passando pelos notórios Temer, Cunha, Jucá, Aécio, Padilha, Moreira Franco, e achamos que não ia acontecer nada. E simplesmente tudo ia continuar tranquilo e calmo. Os mais exaltados, achavam até que iria melhorar. Mas como? Se uma campanha de ódio destilada por estes agentes visava exatamente a destruição do Estado. 
A quem mais interessaria a demolição do Estado Brasileiro ? Sua mundialmente conceituada engenharia civil e hidráulica, sua indústria aeronáutica, seu petróleo, sua produção agrícola, sua gigantesca produção de proteína animal? A quem, senão aos concorrentes ?

Ocorre que nós não vimos, cegos que estávamos pelo ódio e pela extrema negação de nossas origens, consequência da mente enfraquecida e já entorpecida pela subliminar campanha. Falo da nossa cabeça, da nossa elite. Realmente, a cabeça estava aqui, mas o coração estava em Miami, ou Nova York, ou Paris, ou Londres. Nossos valores já não eram mais aqueles do Ariano Suassuna, do Câmara Cascudo, do Guimarães Rosa, do Drummond, da Cora Coralina, do Mário Quintana. Não, simplesmente havíamos os esquecido, de tanta arenga e mutilação do idioma, dos costumes, das nossas cores.
Passeatas verde e amarelas financiadas por banqueiros matreiros e mesmo por agentes estrangeiros, sem saber o que mesmo significavam aquelas cores das casas dos Habsburgo e dos Bragança. Assim como copiávamos o bater de panelas chilenos, quando lá faltava a comida (o que não ocorria aqui, pois tínhamos até um bolsa família).
Aquele verde e amarelo das passeatas insufladas já não se vê mais pois, como disse Drummond ", ... a cor do arrependimento também desbota ".
A diuturna campanha, hoje é substituída pela vã tentativa de justificar o injustificável e muito menos explicável.
Tudo está desmoronando e nós não sentimos, pois perdemos a capacidade de sentir. E já faz tempo.
Mas pergunto então:  Nós quem ?
Nós, aqueles que nunca nos desempregamos. Nós, aqueles que nascemos em condições econômicas de conforto?
Fico em dúvida. Será que aqueles, que agora perdem os irrisórios auxílios do Bolsa Família, reagirão tão passivamente ?
Será que as comunidades faveladas dos grandes centros estarão tão anestesiadas ? 
Os indicadores sociais já não são tão tranquilos. 
Já há sinais de intranquilidade. Mas há aqueles que ainda não se deram conta que esta passividade levará ao desespero. Repito então Drummond. "Não é fácil ter paciência diante dos que a têm em excesso".
Ninguém consegue mais entender, nem os que estão de fora.
Chega.






sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Venina Venosa...só a Globo mesmo.

Muito interessante ler a reportagem sobre a ex-famosa Venina  Venosa que a Globo "encheu a bola" no Fantástico. Deixo aqui o endereço para que se reafirme o desserviço que este grupo jornalístico presta a democracia; e ainda vem gritar contra a corrupção.

Realmente Pulitzer tinha razão quando disse: - Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.

Vejam a reportagem em http://jornalggn.com.br/noticia/que-fim-levou-venina-venosa-a-mulher-que-denunciou-a-petrobras-no-fantastico 
e tirem as suas próprias conclusões.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Wanderley: ladrões, é pra ter medo, mesmo!

Wanderley: ladrões, é pra ter medo, mesmo!

Tomei a imperdoável liberdade de comentar o artigo do Professor Wanderley Guilherme dos Santos. Mas aposto no seu perdão. Nada mais poderia adicionar senão apenas grifar as questões que colocou e que agora ouso comentar dizendo claramente: - Se não reagirmos fortemente, agora, não teremos eleições, senão um simulacro, em 2018.            

Candidatos, tremei!

Candidatos sempre aparecem; programas de governo é que são elas. A direita alucinada se angustia em busca de alguém capaz de derrotar Lula ou, se a sobrevivência exigir, macular a legislação eleitoral, alterando regras e suprimindo direitos. Não importa, nada resolverá o problema essencial de não ter o que dizer.
  • Depois do vandalismo econômico e social promovido pelos conspiradores do Planalto, o que terá a oferecer o candidato a herdeiro de Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Aécio Neves?
  • Prometerão vender o que?    Alugar, talvez, a Amazônia ao exército americano, possível invasor da Venezuela?
  • Consertar a caótica urbanização criando passaporte interno?
  • Construir prisões em substituição ao Minha Casa, Minha Vida?
  • Iniciar um Plano Nacional de Água Fria para os sem teto do país?
  • Reduzir o número de funcionários públicos, aumentando as filas nas repartições de serviços, os prazos para processamento de demandas, menos vagas em escolas para menor número de professores?
  •  Aumentar o imposto regressivo sobre itens do consumo popular para cobrir a perda de arrecadação com a dispensa do funcionalismo – o único grupo ocupacional com imposto de renda pago na fonte, extraído automaticamente do salário? 
  • Qual radiante programa embelezará o continuísmo da direita?
À esquerda, o problema não é agônico, mas exigente. Se não prometer a convocação de plebiscito autorizando o governo a revisar a legislação anti-social, eliminar a insanidade econômica e reparar as brechas abertas na aba militar da soberania nacional, se não for para isso, pode esquecer. A taxa de votos brancos, nulos e de abstenção baterá recordes.

Retomar emprego e salário depende de investimento produtivo e circulação de mercadorias a baixo custo. As fontes de investimento são a poupança interna das empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que a direita alucinada quer reduzir a brechó, e o sistema financeiro. A empresa privada é dona do destino de sua poupança, mas a política do BNDES é responsabilidade do governo. Em acréscimo, cabe a um governo popular estrangular a exploração rentista beneficiando bancos, obrigando-os a prover empréstimos de longo prazo aos empreendedores, grandes e pequenos, com garantia de remuneração razoável fixada pelo mercado, que fingem respeitar, e não com os negócios especulativos que manipulam e controlam.

Aos ladrões apocalípticos, ao jornalismo de conveniência e aos reacionários de carteirinha não restará outra resposta ao programa popular além de pedir socorro ao boi da cara preta da insegurança jurídica. Cabe repetir à exaustão: de insegurança geral é vítima, hoje, a maioria esmagadora da população brasileira, inclusive as senhoras paneleiras e os indignados profissionais liberais, sistemáticos sonegadores do imposto de renda. Essa insegurança irá para o espaço, mas os ladrões, rentistas, sonegadores, chantagistas dos dois lados do balcão, esses, sem dúvida, não terão a menor tranquilidade. É para ter medo, mesmo.

domingo, 13 de agosto de 2017


A destruição de um país

Por Fernando Brito · 12/08/2017



Os indivíduos em geral e a as coletividades, quase sempre, movem-se em função de desejos e objetivos. Por uma década, reaprendemos a acreditar que o caminho para alcançá-los eram o Brasil em desenvolvimento e o nosso próprio desafio de, neste ambiente, alcançarmos o progresso pessoal: o “fazer um curso” ou graduar-se, “abrir um negócio”, comprar uma casa, um automóvel e assim por diante.

Havia lugar para os pequenos sonhos de cada um no grande sonho de um país.

O governo nacionalista e inclusivo que nos permitia estas aspirações, infelizmente, não foi capaz de interferir no outro patamar, este subjetivo, onde se acomodam desejos e aspirações humanas: a compreensão que, se era essencial o objetivo individual, a realização deste dependia, inapelavelmente, do ambiente econômico-social que passáramos a ter.

Acho curioso – e trágico – que a discussão hoje na esquerda seja sobre falta de critérios mais “morais” nas alianças que fez para governar por uma década – e apenas isso, porque , depois de 2013, o governo passou apenas a responder às crises e não mais a dirigir o processo político.

O quadro político-parlamentar do Brasil é, há muito tempo, este desastre que assistimos hoje. Um pouco melhor aqui ou ali, talvez, mas em geral assim: miúdo, fisiológico, acanalhado, ávido por recursos eleitorais (que vinham, claro, de empresas que visavam lucros e privilégios), quando não de enriquecimento pessoal. Controlá-lo é o passo essencial para qualquer governo e muito mais difícil é para um governo que pretenda transformar o país: mudar é muito mais difícil que manter o status quo de uma sociedade injusta.

Só os pueris podem acreditar que uma seita de “puros e castos” converterá a sociedade ao tal padrão – que ironia! – “Fifa”. Nem mesmo, estamos a ver, quando esta seita – nem tão casta, nem tão pura – tem, como tem o sistema judicial brasileiro, o poder de denunciar, prender, fuçar, grampear, escavar – e sem consequência alguma – os escaninhos da vida de cada cidadão.

O resultado da “onda” moralista está aí, diante de nós: um país arruinado, onde o ceticismo se tornou a regra, onde a desesperança venceu a vontade, onde a estagnação sufocou o desejo de progresso, onde a drenagem de nossas riquezas para a ser apontada como “salvação” e onde todos nós nos embrutecemos.

Quem, agora, pensa em “fazer um curso”, “abrir um negócio”, “conseguir uma promoção”, comprar uma casinha, exceto uma pequena camada da população?

Como, se o debate nacional é “onde vamos cortar”, “como vamos taxar mais” o “o que vamos vender” ou “a quem vamos prender e condenar”?

Todo processo de transformação no Brasil sempre foi abortado com o fórceps do moralismo, desde Vargas. Da UDN dos punhos de renda, aos coxinhas da paulista, passando pelas senhoras católicas e lacerdistas, sempre veio da classe média o combustível humano para as fogueiras da Inquisição, que são as chamas da treva.

Há uma pequena chance – e apenas porque aqueles tempos de progresso são recentes e se personalizam em Lula – de retomarem-se um projeto de vida e de país onde o crescimento econômico seja mais importante que os cortes orçamentários, onde investir seja a forma de avançar, onde incluir seja a fórmula para o progresso social, onde o ódio não seja mais a pauta da política.

Os “purismos” – sejam os étnicos, os religiosos, os morais – sempre foram capas hipócritas da crueldade humana e social. A nossa força sempre foi o contrário: o Brasil diverso, mestiço, cheio de pecados que fomos expurgando com o tempo, sempre que tivemos liberdade e mesmo quando tivemos tantas eras autoritárias.

Ainda mais quando vemos que os nossos santos não são nada franciscanos e, de seus berços de farturas, mostram um desprezo supremo pelo sofrimento da população.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Contas Públicas, vergonha pública.

Na data de hoje vi este gráfico abaixo que foi publicado no blog Tijolaço (http://www.tijolaco.com.br/blog/). Pude reparar, ou me surpreender, já que não sou economista, nem tão bem informado nestes assuntos, que nos anos de 2010 e 2011 houve um aumento do resultado primário das contas públicas, que já era positivo. Não o relaciono com a dívida pública pois isto já são outros quinhentos e que merece uma avaliação e um texto mais detalhado. 
O que me surpreende mesmo é que nesta época as commodities já tinham tido uma desvalorização significativa. E evoluía o "Minha Casa Minha Vida", evoluía o PAC; e se investia, não o necessário, mas não estávamos paralisados.
Se é verdade que a economia passou a controlar a política nos tempos neoliberais, o que discordo, podemos constatar que no Brasil tal não aconteceu. A política nas suas diversas formas, incluindo a política mais abjeta das trocas de favores e coisas piores, dominou o cenário; tanto que convenceu as mentes mais desprovidas que dar-se-ia um golpe para "salvar a economia" com uma ponte para o futuro. Só não disseram que do outro lado da ponte era a terra da desgraça. Era a política da terra arrasada.
Aos fatos então.
O quadro abaixo deve auxiliar e servir para cobrar daqueles que foram às ruas cheios de ódio, para derrubar, desconstruir. Cobrar o estrago que fizeram.
Como bem se diz, uma figura vale mais que mil palavras.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Arrecadação ?


Que este golpe, como os anteriores é óbvio, sempre contou com a "assistência técnica" dos mais interessados na escala global é mais do que notório também. Daqueles que, por circunstâncias e mesmo necessidade de manter a hegemonia, estão envolvidos em tudo que é conflito mundo afora, ou seja, nossos irmãos do norte, está mais do que óbvio...Agora, parar todo o país só para prender o Lula é sinal de extrema incompetência, irresponsabilidade e falta de patriotismo. Lá se foi o Submarino nuclear, Angra III e milhares de obras paradas...E milhões de empregos perdidos. Vai arrecadar o que ?

Passageiros para Miami, última chamada.

Antes  de fazer qualquer manifestação sobre a questão que tenho ouvido sendo posta por vários jornalistas e que tem corrido a blogosfera, procurei a reflexão. 

A questão se expressa na seguinte interrogação: - Por que o povo ainda não foi as ruas como em 2013, para dar o recado de sua insatisfação com o que está acontecendo no Brasil ?

Para responder esta questão, para o que aliás não me sinto preparado, mas não posso simplesmente fingir que não a escuto e já também a expresso, tenho que definir o "que está acontecendo". E para uma definição "do que es
tá acontecendo" não científica, sociológica, a faço apenas como cidadão do povo. Posso afirmar que o que está acontecendo é o desdobramento de um ataque, precedido por um ataque cibernético, a nossa frágil democracia e ao nosso frágil estamento político. Ataque este que teve como coadjuvantes os membros da quadrilha que hoje está desavergonhadamente se expondo sem o mínimo pudor. Desencadearam o golpe de estado aos novos moldes da "primavera árabe" e estão dando curso a este na forma da "reformas" ( como se fosse possível dar este nome ).

Parece óbvio que não foram apenas estes bandoleiros que propiciaram o ataque; havia a anuência daqueles ( inclua-se aí os empresários industriais principalmente ) que achavam estava saindo caro a remuneração do trabalho. Nem se davam conta que a sua aversão ao risco, juntamente a inação do Estado que, querendo ser mínimo em alguns pontos, renegava a pesquisa científica e a educação de massas. Como diz o povão "deu ruim". 
Sem uma economia orientada a trabalho, premiando o rentismo, sem uma estrutura que viabilizasse a ascensão social das massas trabalhadoras, não se construiu um Estado com a higidez suficiente para enfrentar crises, sejam estas financeiras, ou econômicas, ou internacionais. Ou seja, faltou resiliência a este todo que chamamos de Estado.

Pois bem, entendida a "situação', ou "o que está acontecendo",  irrompe então a pergunta: - Qual a motivação para o Povo "ir as ruas" ?
Para defender um Judiciário, auto-corrompido pelos seus próprios salários imorais diante a pobreza do povo ?
Para justificar Juízes e Ministros das cortes que fazem política partidária descaradamente ?
Para defender um Ministério Público que resolve também fazer política partidária ?
Ademais ao fato que nenhum desses seus representantes sofrem da escolha popular, como é o caso do Legislativo e do Executivo. São auto-geridos e auto-fiscalizados.

Após a diuturna arenga de corrupção, que foi ecoada ad nauseam pelos meios de comunicação, e pela saturação produzida pelas próprias redes sociais, que outrora levou milhões "as ruas" por preço de passagem  ( quanta ingenuidade ), ainda querem que o povo vá para as ruas ?

Até o mais sofisticado sistema de comunicação, o neuro-fisiológico, que transmite a sensação de dor, quando saturado deixa de transmitir esta sensação de dor, adormece. Imagine agora a diuturna campanha que foi feita para destituir a presidente eleita. Some-se a isso a sensação de arrependimento de muitos que foram bater panelas, e não podem, ou por vergonha, ou por vaidade, se redimir publicamente. Some-se a continuidade da pressão dos agentes privilegiados, os bancos e toda a cadeia de financistas, mercadores e trambiqueiros incluídos.

Alguém pensaria em sair de sua casa para protestar, tendo a mínima desconfiança que essa gente permaneceria impávida em seus privilégios ? Sejam estes financeiros ou procuradores, ou juíizes ?

Não, não esperem que isso ocorra. Apesar de ser extremamente perigoso deixar a pressão subir e este processo de demolição do Estado continuar.

Há de se reagir a "esta situação", mas não vamos exigir que o cidadão, que divide o dinheiro da passagem com o da refeição, vá novamente salvar este país.

Quando bater no fundo saberemos quem é capaz de sobreviver as vicissitudes da pobreza.

Quem quiser ir para Miami, que embarque agora; última chamada.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"Brexit, Trump and others oddities"

Vejo que à esta altura dos acontecimentos, após denúncias, traições, delações falsas, delações verdadeiras e toda sorte de maldades e ataques a nossa soberania, a soberania do povo brasileiro, a quase totalidade deste mesmo povo não tem dúvida que houve um golpe e este golpe visa objetivamente estancar a marcha do desenvolvimento da soberania que se acelerava acompanhada pelos BRICS.

Do mais humilde ao mais lúcido cidadão, é sabido que o golpe foi perpetrado contra o povo. É consenso; ainda que muitos continuem externando o atávico ódio às classes sociais mais pobres, aos negros, aos mais humildes da escala social. 

Já faz isso há um bom tempo. Eu mesmo testemunho este comportamento desde 1954. Antes já se excluíam os "marmiteiros" do jogo político, nem se lhes dava voz. Getúlio Vargas vence as eleições em 1950 justamente com o apoio destes "marmiteiros"(1).  Era a confirmação da absoluta desfunção do tecido social: - pobres para um lado, o lado da grande maioria, e ricos pro outro; e uma classe média, ainda que pequena,  manipulada por vários instrumentos de formação de opinião, como sempre, ... como até hoje.

Lembro que desde a "Consolidação das Leis do Trabalho", que contrariara uma burguesia industrial, juntamente a aristocracia rural, em 1937, decorreram apenas treze anos para a eleição de Getúlio Vargas. Em função destes avanços sociais, as forças conservadoras, contrariadas, apoiadas confessadamente pelos irmãos do norte ( naquela época era mais de um, haviam as tecelagens inglesas ), tentaram derrubá-lo. Getúlio frusta este golpe com o custo da própria vida. Mais adiante, apenas dez anos depois, consumaram o golpe, à manu militare. Levaram quatro anos conspirando.

Havia um fator comum a naqueles movimentos conspiratórios; - o  que corria de comum durante estes anos de conspiração ? 
Pode-se perceber que durante os anos 30, a crise de 29 deixara o hemisfério norte diante de fome e miséria Chocou-se o ovo da serpente nazista.

Nós, desprovidos de indústrias, ficamos à mercê dos barões da agricultura. A CLT(2) se aplica apenas às cidades...nem Getúlio conseguira dobrar a força destes pelas armas. A revolução de 32  confirma a resistência conservadora.

No caudal de 30 e do pós guerra Getúlio força a industrialização. CSN, Petrobras (à força), CHESF. Tocou na ferida aberta: - o petróleo e a siderurgia. Pagou com a vida.
Logo depois, no pós guerra, o mundo se polariza com a Guerra Fria. Novamente, se utiliza as instituições representantes da classe conservadora para serem guardas-costas dos interesses internacionais.

Passaram-se então vinte anos de ditadura, sendo usados militares para gendarmes de seus interesses. E esses já estavam convencidos dos riscos da ousadia nacionalista. Nacionalista sim, ma non troppo(3).

O que era comum então nos nossos movimentos, golpes, quarteladas e temores ?

- A "cautio damnini infecti"(4) . Ou seja, que os vizinhos não atrapalhem nossos negócios. Em bons termos: - a conjuntura internacional e os saltos tecnológicos.

Ledo engano então admitir que somos tão senhores do nossos nariz. Se à época do New Deal, da Guerra Fria, éramos sensíveis e dependentes, o que dirá agora na época da transação bancária eletrônica, da rede social, da tecnologia do instantâneo que não temos e tampouco investimos para dominá-la.

E qual então a condição ambiental e política do momento ? - Simples assim: a falha da globalização como instrumento de formação e distribuição de riqueza. Pelo contrário, transformou-se em um perverso instrumentos de concentração de riqueza. Pergunte-se a Itália, a Portugal, a Irlanda, a Espanha, a Grécia e mesmo aos Estados Unidos.

Eis aí os dois fenômenos  que mostram o que a dinâmica da interdependência, da exploração de riquezas em escala mundial, provoca nos estados nacionais: - o Brexit e o Trump, ambos resultados do mesmo "déclenchmement"(5)O acionamento disfarçado do golpe nos interesses nacionais e o estupro na nacionalidade.

No nosso caso, ainda existe uma singularidade: o proxeneta utilizado serviu para presidente. A simple oddity.
Notas:1) episódio onde o udenista Eduardo Gomes dispensara o voto dos marmiteiros, uma alusão depreciativa aos trabalhadores.
2) CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, promulgada em 1º de Maio de 1943.
3) ma non troppo - andamento musical, significa "mas não muito"
4) "cautio damnini infect - expressão jurídica, aqui utilizada de forma indireta e irônica:"Garantia que dá o          proprietário de prédio de que não irá ameaçar os direitos do vizinho"
5) déclenchmement: acionamento. Aqui utilizado como eufemismo vulgar para "ato de fecundação".

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Remexendo as gavetas

O assunto - "remexendo as gavetas", na verdade é expressão que, agora, na era eletrônica,  pode ser substituída por "remexendo os diretórios".
Estive então fazendo uma limpeza nos meus "pen-drives" e achei dois vídeos que muito dizem de causas e motivações do último golpe que a nação sofreu. Golpe que instalou no poder  uma quadrilha imensa que há muito estava sendo cevada pelas empresas ( estatais e não estatais, diga-se de passagem ), pois que em última instância quem paga cada centavo dos desvios, dos sobrepreços, é o contribuinte, e normalmente o mais desassistido, o mais pobre. Aliás, por isso e que é tão pobre.
Que este golpe, como os anteriores é óbvio, sempre contou com a "assistência técnica" dos mais interessados na escala global é mais do que notório também. Daqueles que, por circunstâncias e mesmo necessidade de manter a hegemonia, estão envolvidos em tudo que é conflito mundo afora, ou seja, nossos irmãos do norte, "the northern brothers". ( não quiz dizer "yankee brothers" mesmo, pois é outra coisa e que irei dissecar em oportunidade quando então comentar "Brexit, Trump and others oddities")

Mas o anúncio da entrega esgarçada da Base de Alcântara (MA) feita pelo (chanceller, rsrsrsr) Serra, onde militares brasileiros estariam à postos para lavar as privadas e outras atividades de apoio, há muito vem sendo perseguida por quem tem de botar a maquininha de 1.800.000 Hp´s para colocar no espaço satélites, de comunicação civil, militar etc..., com uma economia de mais de 2/3 de combustível. Nada menos que 250.000 litros de hidrogênio líquido e 75.000 litros de oxigênio líquido. Imagina a economia à cada lançamento; vale qualquer golpe, já que os seus lacaios, sicarios, sabujos saem barato, qualquer que seja a cotação de dólar.
Assistam.

​Os mais interessados no tema da modernização do F5 podem gostar deste vídeo da TV Band​.

Agora, vejam o que os rapazes do norte não seriam capazes no caso do PROSUB, onde o Almte. Othon tinha que comprar (sem licitação é óbvio) n0 mercado negro, itens de equipamentos nucleares. ...Foi condenado pelo Moro a 43 anos de cadeia (nem Fernandinho Beiramar). A quem serve o Sr. Moro?
Conheço pessoalmente cientista nuclear, que trabalhou em Iperó, e que teve de "esconder" dados,  à época do Sarney, do Collor, do FHC, senão...estes iriam cair na mão de outrem.
Vejam o vídeo e tirem as suas conclusões.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Reflexão no metrõ

Bom dia amigos

Hoje pela manhã, lá pelas 06:00 h, na minha leitura de metrô, vazio com aquelas figuras sonolentas de trabalhadores da madrugada que voltavam para casa, todos descendo na Central para ainda encarar um trem para Japerí, Queimados, Belford Roxo e adjacências ( só mais uns minutinhos, uns 60, 70, isso quando não atrasa ), os fiquei comparando com o objeto da leitura, um artigo do Professor Luiz Belluzzo, "As armadilhas do dinheiro". No artigo, a uma certa altura  cita um estudo do Board of Governors do FED, aquele banco central  "independente" que sacou 700 bilhões de dólares do povo americano para comprar títulos privados tão podres, que o cheiro acabou chegando até aqui. Lá citava o estudo:

 "...em relação à turbulência financeira e ao rompimento do crédito associado à crise financeira global, corporações procuraram ativamente aumentar recursos líquidos a fim de acumular ativos financeiros e reforçar seus balanços. Se este tipo de cautela das empresas tem sido relevante, isto pode ter conduzido a investimentos mais frágeis do que normalmente esperado e ajuda a explicar a fraqueza da recuperação da economia global...descobrimos que a contraparte do declínio nos recursos voltados para investimentos são as elevações nos pagamentos para investidores sob forma de dividendos e recompra das próprias ações e..., em menor extensão, acumulação líquida elevada de ativos financeiros".

Traduzindo, o Fed diz clara e insofismavelmente que durante a crise, esta se realimentou do próprio crédito. Ou seja, banco fabricando dinheiro e o Tesouro dos países, todos, inclusive a América, tendo de cobrir, com dinheiro do contribuinte, é claro, o buraco deixado pelos ...que não trabalham. Simples assim.

E aqui para engabelar os mais ingênuos, e tentar comprar à preço de ocasião, a nossa riqueza material e imaterial, desmontam-se empreiteiras, Petrobrás, simples escritórios de engenharia, para-se a construção do submarino nuclear, etc....à guiza de que somos corruptos por natureza;  à menos de uma minoria que pouco se dá se a economia vai parar, se vamos perder empregos, se haverá um recrudescimento do crime, do roubo de rua. 
Pouco importa, o importante é dar continuidade a lavagem cerebral que anda em curso já faz um bom tempo.

E é bom lembrar, já vai fazer um ano que o Marcelo Odebrecht está preso. Por causa de corrupção ? Só um ingênuo recalcitrante pode acreditar. O mais perigoso meliante preso pela polícia, não fica à disposição tanto tempo. 

Está mais do que claro que a "nossa" crise há muito deixou de ser econômica ( financeira sim ) e tem os mais deslavados motivos politiqueiros enraizados na estratégia do NSA, Pentágono, CIA, etc...
Digo financeira e não econômica, pois acabamos de pagar mais de 500 bilhões de juros, gerando o déficit nominal dos 613 bilhões. Ou seja 500 bilhões subtraídos do dinheiro público para pagar os financiadores da própria crise ( eufemismo para : "a construção da arapuca pra pegar o produto do trabalho" ). Isto sim, é corrupção.

Contra fatos, diz o ditado, não há argumentos. 

Um abraço do Zé

la punizione è inevitabile

Era tutto questo periodo insufficiente per la riflessione e il pentimento? Basta solo un po 'di maturità e ragionamento.

L'arte è massime espressioni di umanità​. 

Dunque, il telaio mostra una "famiglia" veramente unita. 
E il "capo" guardia i ricordi della persona amata.
 Non voleva un "Rinascimento"?

Agora aguenta a Máfia, ou vá bater panela.
Ou então aprenda que ódio só gera ódio, e aprenda a conviver com os diferentes, com os mais pobres; pois é deles que depende teu sustento agora ​e para sempre, já que a tua aposentadoria foi pro ralo (a não ser que tu sejas juiz, desembargador, ou mesmo militar). 


Mira a tua obra.