quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A cada dia uma dúvida. A cada dia um susto.

Hoje tinha a intenção de me manifestar sobre o acontecimento do entrevero do advogado com o Ministro do Supremo Ricardo Lewandowsky. Mas como assisti ao vídeo onde o tal cidadão interpela o Ministro de forma primária e meio idiota, vi que nem valia perder meu tempo com esse episódio, que em qualquer país do mundo teria um desfecho bem mais severo. Em síntese, só uma pessoa muito primária e inconsequente dar-se-ia ao trabalho de tamanha besteira. Buscou seus minutos e fama, só isso.  

Prefiro me manifestar sobre um episódio diferente e bem mais cheio de significado: - Bolsonaro é homenageado pelo Exército. Fico então a refletir: - Há uns quarenta anos o então capitão se envolve em um episódio  de indisciplina e de vandalismo. Foi jubilado, pronto. Em condições normais nem se imaginaria que o dito baderneiro não iria curtir uma cadeia. Mas, como se diz popularmente, refrescaram. 

Mas ontem, antes mesmo de ser empossado, e antes de ser operado, logo lhe prestaram a homenagem da Medalha do Pacificador. Em outras palavras: - Pronto, está perdoado. Isso também tem significado que pode ser interpretado de duas formas. Uma, de forma rasa, que passa-se um esponja naquele episódio. A outra, que dá como encerrado o episódio de pantomima, para que no período de convalescença  de sua excelência, haverá "alguns ajustes" e nomes serão substituídos de forma furtiva e silenciosa, para que não se interprete que os militares estão a puxar os cordões dos mamulengos, incluindo aí o "chanceler" engajado na reeleição de Trump, de boné e tudo. As duas formas de interpretação neste momento são igualmente válidas. Resta saber qual das duas irá amenizar os estragos já feitos nas relações com os países amigos, seja a China, sejam os países árabes, sejam os países do MERCOSUL. Em outras palavras,: mais do que metade do nosso comércio exterior.

Até o dia vinte de janeiro do próximo ano ainda haverá várias passagens que elucidarão a dúvida sob qual das duas formas os militares, majoritariamente do Exército, irão construir um direcionamento aceitável e coerente de alternativas as indecentes diretivas de "escola sem partido", "ideologia de gênero", abandono  da postura soberana e equilibrada do Itamaraty,  e todo o demais besteirol que impingiram aos nossos irmãos neófitos e ingênuos.  



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