quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Primarismo anunciado.

Está certo que a situação do país agora não me permite, eu e a qualquer um que tenha um pingo de seriedade, fazer prognósticos e mesmo sugerir um curso de ação na batalha pela soberania; hoje desleixada e avacalhada por ministros indicados por um notório sociopata vivendo no exterior. Figura, antes cômico, mas agora percebida como altamente perniciosa e de alta periculosidade.No entanto, tenho que considerar que, vivendo no país, sendo brasileiro, não poderia e nem conseguiria me alienar e me isentar de uma avaliação do atual cenário, teatro de operações de uma guerra híbrida que nos impuseram lutar.
O governo que se aproxima será constituído por figuras absolutamente desacreditadas pelos próprios correligionários. Um chanceler e um ministro da educação que não poderão orientar seus subordinados por absoluta falta de legitimidade e competência. Isso sem falar em Moro que suscitará toda sorte de conflitos com a sociedade e mesmo no seus ministério, agora totalmente desconfigurado e sem a solenidade ( não quero ser weberiano ) que o cargo exige.
Mas, por um lado, o Brasil não é um país pequeno, nem simples, nem desligado das demais nações; como se diz, não somos uma ilha. Isto implica em considerar os compromissos comerciais, políticos e diplomáticos anteriormente assumidos que afetam o comércio e nossas relações com as outras nações, sendo que a mais notória afetação será aquela que o presidente desdita, as relações com a China. Como um adolescente se intromete no conflito Washington - Pequim.
Diz um ditado popular: - pintos que ciscam com galos acabam bicados.
Se Bolsonaro pensa que, ao se submeter desta maneira indecorosa aos EUA, irá lhe render benesses, está é muito enganado. Até sem querer o gigante acaba pisando em quem está ao seu lado.
As relações com o Mercosul, estas então é que merecem a maior atenção, já que deste recebemos vantagens comerciais  e atenuamos nossos naturais problemas de fronteira. Parece que ele Bolsonaro e seu "posto ypiranga"  não se deram conta da magnitude e da complexidade desta criação de quase trinta anos que trouxe benefícios ainda intangíveis no plano geopolítico, diplomático, aduaneiro e comercial para as nações partícipes.

E aí naturalmente emerge uma questão: - Todos os participantes no nível mais alto de governo, ministros, secretários, comandantes militares  não se dão conta das bobageiras que saem da boca do Presidente e seu clã? E mesmo do Paulo Guedes ? E mesmo do Moro falando sobre o  faltoso confesso caixa-2 Onyx?  Após, diga-se de passagem, ter condenado o caixa-2 como crime mais grave do universo.

Ou nossos parceiros nos puxam a orelha e nos ajudam a colocar nos trilhos do bom senso, ou nós vamos nos perder em uma convulsão social sem precedentes, tal a inabilidade e primarismo anunciados. 

Será mesmo que generais, que tem obrigação de patriotismo e temperança, irão acompanhar estes pacóvios ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário