terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Aguardem

Falar parvoíces no exterior, destratar jornalistas, perder a oportunidade de fazer do encontro de Davos um instrumento de negócios, tudo isso era de se esperar. Afinal, quem na tribuna da Câmara dos Deputados disse o que disse, se comportou como um moleque com uma senhora, pouco importa que fosse de que partido fosse; a Deputada Maria do Rosário é uma mulher. Tudo era de se esperar.
Mas agora, fazer da desgraça de dezenas de brasileiros, soterrados pela incompetência e pelo cinismo, instrumento de politicagem, trazendo israelenses para nada fazer, passou dos limites.
Aqui no Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros, o Exército e várias outras Forças enfrentaram uma desgraça até maior que Brumadinho em 2011, quando milhares perderam a vida, inclusive Bombeiros, na busca e no salvamento em Nova Friburgo, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto, Petrópolis, mostrando competência e compromisso, aplicando inclusive tecnologia de ponta com VANT´s do IME fazendo buscas e filmando deslizamentos. Fizeram sozinhos, com a sua coragem e  com a sua competência.
Trazer militares israelenses foi ato desprezível e burro, achando que a população não iria perceber a vileza desta sub-reptícia maldade. 
Vi um Oficial Superior do Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Minas Gerais, com serenidade, esclarecer que os equipamentos trazidos não tem serventia. Se quiserem ajudar que enfrentem então a lama e rastejem como fizeram os soldados mineiros, na ânsia de salvar vidas.
O que vieram mesmo fazer? Infiltrar alguém do Mossad? Aprender com nossos militares? 
O que quer que tenham vindo fazer, somente expõe o caráter sabujo de quem, acostumado ao submundo do crime, acha que poderá tudo, que não há limites, que tudo vale

Para aqueles da VALE que jazem no sepulcro da lama, lembro:

Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios. - Salmos 37:16

Isso não pode ficar assim; alguma justiça será feita. Aguardem.



4 comentários:

  1. Amigo Zé,
    Importante iniciativa! Faz parte da construção do contra-discurso à mídia espetaculosa. Quanto a presença de soldados israelenses nas operações de rescaldo do hediondo crime da Máfia das Barragens, considero um ato de cunho geopolítico, temerário, ameaçador à nossa soberania territorial.
    Zé, conte comigo, neste seu espaço de debates.
    Parabéns!

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  2. E isso aí meu nobre colega ZéCarlos

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