quinta-feira, 24 de novembro de 2022

ERP/MRP Modelo

MRP - Modelo 

    Tendo como objetivo evoluir uma estratégia de desenvolvimento de ERP, e mesmo da evolução de produtos ora vigentes, vale revisitar o primeiro artigo quando se mencionava Joseph Orlicky, o precursor da tecnologia/metodologia MRP. A proposição de Orlicky que utilizava tecnologia gestão de dados BOMP/DBOMP fazia organizar a Lista-de-Material (Bill-Of-Material) de forma que representasse um item material, dentro do conjunto de todos os itens utilizados nos Produtos fabricados, de forma que indicasse a sua posição relativa (um código) dentro da Lista-de-Material, fosse um conjunto, um subconjunto ou uma matéria-prima, perante a todo os demais indicando o nível mais baixo; denominou-o low-level-code (LLC). Era uma forma de orientar o processamento do MRP, ou seja, a resolução do plano de produção, a que se calculasse o saldo restante após todas as demandas, nos diversos níveis, serem apresentadas perante o estoque em mãos, fosse este item um componente comprado, uma matéria-prima ou um conjunto montado ou um sub-conjunto.

  Tal método de cálculo de saldo potencial/demanda líquida resolvia o problema de indústrias manufatureiras que apresentavam complexos processos de produção verticalizados, onde se fabricava do parafuso ao automóvel. Foi realmente a indústria automobilística que alavancou este método.

    O que guia então o processo do cálculo de demanda líquida é a ordem estabelecida pelo LLC do item e a sua representação na Lista-de-Material. A Lista-de-Material, o LLC e os parâmetros de suprimento e produção perfazem sinteticamente o modelo do negócio.

Apenas para lembrar…


Item Nível

A  1

B  2

C  1

F  3

P 0

P 0

P 0

        Embora o Item da Lista de Material mostre o item F aparecendo no nível 1, 2 é designado o LLC, i.e. o nível mais baixo onde este aparece, ou seja o nível 3, e assim também para o Item B que assume no nível 2, apesar de ter ligações no nível 1… e assim para todo e qualquer Item, seja este um Conjunto, um Subconjunto e mesmo um componente comprado.

    Esta forma de representar a Lista-de-Material é que foi disponibilizada pelo BOMP (Bill-Of-Material-Processor)/DBOMP no ínicio dos anos 60.

    A base atual de registro e representação da Lista-de-Material e demais componentes do ERP utiliza a tecnologia de banco-de-dados. Teremos que abordar este recurso tecnológico para, utilizando a mesma técnica de modelagem da Lista-de-Material e cálculo MRP adicionar funcionalidades que não os mudam em essência, mas temos que adicionar as capacidades de simulação e dimensionamento tanto do suprimento quanto da demanda.

    A essência já havia sido desvendada pelo pioneiro Orlicky. No excelente blog QUAD dedicado a ERP, há uma menção ao trabalho de Orlicky e a sua base MRP:

The fundamental questions that MRP systems set out to answer are still at the heart of manufacturing today, despite all the upheaval and hoopla that came with the lean revolution, the drive for supply chain visibility and the relentless need for speed. One basic concept that hasn’t changed is Orlicky’s assertion that a company should never try to forecast what it can calculate.

As questões fundamentais que os sistemas MRP se propuseram a responder ainda estão no centro da fabricação hoje, apesar de toda a agitação e comoção que veio com a revolução lean, o impulso para a visibilidade da cadeia de suprimentos e a necessidade implacável de velocidade. Um conceito básico que não mudou é a afirmação de Orlicky de que uma empresa nunca deve tentar prever aquilo que pode calcular.

Vale a pena mencionar aqui que a tal Revolução Lean também foi iniciada lá pelos anos 70, quando as técnicas japonesas eram exemplo de gestão.

    Temos ainda que abordar as questões de acesso a dados, em termos de segurança e velocidade, com que os bancos-de-dados facilitaram a construção do ERP. Mas não podemos nunca esquecer que estaremos explorando “modelos”; modelos computorizados de processos e negócios.

Até breve



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