sábado, 25 de janeiro de 2020

Sair do fosso

Hoje nem tenho mais paciência para falar do Guedes. Ele já não engana mais ninguém, tampouco os adeptos dos contos sedutores do neoliberalismo escritos desde os salões do Mont Pelerin, até o Instituto Millenium; estes já desconfiam dos exageros: - "ele é tão neoliberal assim, ou já está armando alguma jogada? Igual aquelas (até suspeitas) dos fundos de pensão que o tornaram bilionário.

O que quero falar hoje refere-se a esquerda mesmo. Esta que vive fazendo atos de contrição e alardeando aos quatro ventos os erros cometidos. Não faltam análises sofisticadas, e é contra a essas, parvoíces a meu juízo,  que quero contrapor  o princípio da "Navalha de Occam". (Quem quiser melhor se informar deste antigo, mas atualíssimo, principio lógico, pode buscar em : - https://pt.wikipedia.org/wiki/Navalha_de_Occam ).

Baseado neste princípio quero contrapor às análises, como já disse, uma única e não-simples causa a esta situação a que fomos levados: - Nós, o Brasil e a pátria grande latinoamericana, não formamos uma elite ligada ao povo. Esta serve aos interesses dos países centrais, há muito tempo, e neste episódio do atual golpe (todos já sabem do que se trata, de golpe mesmo, inclusive os empedernidos reaças) ela serviu de ponte para a caminhada da senhora Liliana Ayalde para alcançar o outro lado do abismo social que está nos levando a bancarrota, com liberalismo e tudo.

Mesmo sabendo que a correção dos erros, nossos é claro, é necessária a retomada da soberania, de nada adianta remoer culpas e mexer em feridas que já estão secando. Qualquer projeto de retomada da soberania, terá de se apoiar na união e na colimação das forças externas e internas.

Quanto às externas, será necessário tirar partido dos arranjos geopolíticos, buscando apoios vetoriais que nos auxiliem na demarrage das forças internas; via o comércio chinês, via a colaboração condicional europeia.

Quanto às internas, será necessário não desperdiçar energia, e tampouco se perder nas pistas falsas que serão colocadas pelos acólitos do poder imperial; à bem dizer  mídia e os partidos de direita. Mas, sobretudo, alcançar as massas trabalhadoras que já encontram motivos para levantar a voz. Cabe ainda uma missão interna que será buscar abrir os corações, e as mentes, daqueles que detém o controle das FFAA.

Obviamente não é uma tarefa simples e fácil, sair de dentro do fosso em que caímos; mas não será com perorações chatas e sofisticadas, e muito menos com picuinhas, que vamos sair dele.

Temos que, neste momento, simplificar os planos, as palavras de ordem, a estratégia salvadora, nem importa muito o tempo, mas o resultado a ser alcançado. Simplificar é  estratégia no jogo de xadrez, quando nos encontramos em uma posição complexa e não ganhadora. Simplificar é aplicar a frase de Eisten:  "tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso" . Ou seja,
tudo deve ser feito.

2 comentários:

  1. Sempre lúcido. Parabéns!
    Precisamos da simplicidade e do trabalho efetivo com honestidade e transparência. Abs

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  2. Obrigado e serve como um apoio e incentivo para, nesta idade, manter-se lúcido e engajado por um Brasil melhor. Melhor pra os que virão completar e seguir a nossa missão. Nossos descendentes.

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