terça-feira, 4 de junho de 2013

Exoesqueleto: reportagem e reflexão

Senhores

    A reportagem abaixo, da Folha de São Paulo, jornal pouco ou nada ufanista, era esperada pelo meio científico brasileiro...não riam...com descrença, mais aí está. Se ela vai se realizar ou não é outra coisa. Só o esforço já compensa. Mas daí eu reitero uma tese: o Brasil jamais ganhará um Prêmio Nobel, mesmo que esta coisa funcione.
    As razões para afirmar com tanta convicção são simples, mas derivam de uma só: somos multiraciais e ainda prolíficos.
    Agora admitam; um povo que habita os trópicos, ou seja, com abundância de energia (toda a energia ou provém do centro da Terra ou do Sol); multi racial, ou seja, infenso a uma porção de doenças hereditárias e imunodepressivas; com um nível de educação, malgrado os esforços elitistas, já suficiente para alçar vôos, basta ver o artigo; com uma economia robusta, a 6ª do mundo; com uma produção de alimentos enorme, hoje a maior do mundo; agora com uma reserva de petróleo invejável; com uma reserva de água ( Aquífero Guaraní e Aquífero Alter do Chão dentre outros - ver IBGE e http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/parte-03.asp); em meio a um processo de evolução democrática sem lutas sangrentas; e com viés pacífico. Chega, e vai a pergunta: - Se você, membro do comitê de premiação, vivendo na Suécia, com população menor que a Baixada Fluminense, sem produção agrícola, sem petróleo, com índices negativos de evolução populacional, com uma ótima posição educacional, iria arriscar estimular este povinho dos trópicos? ...Vamos nos lembrar que Portugal já teve prêmio Nobel, Egas Muniz, o criador da lobotomia(...), a Argentina já teve o Nobel da Paz ( uma gente esquentada e sem menor sentimento pacífico ), a Guatemala já teve também, a Guatemala. Ora convenhamos, procurem saber de Cesar Lattes,Mário Scheinberg, Adolfo Lutz, Vital Brasil, Zilda Arn, Johanna Döbereiner, Alvaro Alberto, Henrique Morize, Maurício da Rocha e Silva, Carlos Chagas, Leopoldo Nachbin, Anysio Teixeira, Pacheco Leão, Câmara Cascudo, Darcy Ribeiro,  isso sem falar do matemático ainda vivo e dando aula na UFF, em Niterói, Celso Costa, junto à um monte de outros, e sem falar também nos auto-didatas Gilberto Freyre, Padre Landel de Moura ( o verdadeiro inventor da radio comunicação ), os mestres da Literatura, traduzidos para dezenas de idiomas, Jorge Amado, Lima Barreto, Moacyr Scliar, ... Realmente, Guatemala, Portugal, Argentina, Grécia, Romênia, etc... mereceram os seus prêmios. Nada tem à ver com justiça científica. Espero que Nicollelis alcance o objetivo, só isso.

Exoesqueleto para paraplégicos começa a ser testado em humanos em junho

dom, 02/06/2013 - 09:40 - Atualizado em 03/06/2013 - 15:53
O projeto que pretende fazer um paraplégico dar o pontapé inicial da Copa de 2014, no Brasil, deve entrar na fase de testes com humanos no mês que vem. O esqueleto biônico, chamado de exoesqueleto, será controlado pelo pensamento. A iniciativa é de um grupo de cientistas comandado pelo paulistano Miguel Nicolelis.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a revelação foi feita por Nicolelis durante palestra ontem na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a agência pública brasileira que financia o projeto, chamado Andar de Novo e orçado em R$ 33 milhões.
"As primeiras simulações do exoesqueleto já foram feitas e, para minha satisfação, ele funciona como planejado", disse Nicolelis, que está à frente do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal) e é professor da Universidade Duke (EUA).
Até o momento, já houve uma simulação com macacos usando um protótipo.
"Conseguimos realizar padrões de marcha usando simuladores e, daqui a alguns meses, a gente espera que esse macaco ande com o exoesqueleto tanto lá na Duke quanto no nosso laboratório aqui em Natal."
Para os testes com humanos, os voluntários serão selecionados pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) , em São Paulo, segundo Neiva Paraschiva, diretora-executiva da associação que gerencia o IINN. Ela afirmou também que os primeiros testes "não serão invasivos", ou seja, não haverá a conexão de eletrodos ao cérebro do paciente para que eles possam emitir os comandos que controlarão o exoesqueleto. O equipamento deve incluir ainda um revestimento que dará um feedback tátil ao cérebro do usuário, permitindo que ele "sinta" o chão onde pisa.
Ainda segundo informações da Folha de S.Paulo, serão selecionados para o teste dez pacientes com lesão medular incompleta, isto é, ainda com algum grau de movimento. O superintendente-geral da instituição, João Octaviano Machado Neto, diz que a aprovação do estudo pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) deve sair ainda neste mês.
A parceria da AACD com os cientistas, financiada pela Finep, ampliará o laboratório da entidade, criando "o mais avançado laboratório de reabilitação neurorrobótica do planeta", segundo Nicolelis.
O cientista disse também que o primeiro simulador de locomoção completo do mundo será testado na AACD "nas próximas semanas".
"O paciente vai olhar para um avatar de si mesmo andando e vai treinar o cérebro, usando a informação visual, para gerar os sinais que precisamos pegar para controlar o exoesqueleto no futuro."
Nicolelis se emocionou ao citar a meta de demonstrar o projeto na abertura da Copa. "Se tudo der certo, um brasileiro ou uma brasileira, jovem adulto, de até 1,70 m, com até 70 kg, vai levantar de uma cadeira de rodas, realizar 25 passos da linha lateral até o centro do gramado e abrir a Copa com um chute da ciência brasileira para toda a humanidade", disse o cientista, indo às lágrimas.
Para Machado Neto, da AACD, o prazo curto, de um ano, até a abertura da Copa não é um problema. "É um desafio, mas os desafios produzem grandes resultados."

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