quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Charlie, à pedidos

Queria dizer que eu não sou Charlí

Eu sou Zé, não sou Charlí.
Sou brasileiro, sou do Rio de Janeiro,
mas também do Rio Grande e também do Piauí
Não guardo ódios eternos,
sou tolerante, dizem até que sou Carneiro

Não importa, sou tolerante, sou Zé.
Me chamam de Zé Carioca, 
que diferença faz ?
Por isso minha casa é de caboclo,
onde um é pouco, dois é bom, três é demais.

Venho das praias formosas
Dos pampas, do seringal...
Pra mim e para o meu povo
A paz nunca é demais.

Sou Zé, não guardo rancores
Sou beato, sou devoto
da Senhora Aparecida.
Mas sou filho de Xangô
Oração é minha vida.
Já rezei em sinagoga
Em terreiro de umbanda
Sou Zé da paz e do amor,
Saravá a sua banda.

Sou Zé, não sou Charlí
Futebol e religião 
não se deve discutir
Foi assim que aprendi.
Respeito a crença dos outros
é isso que vem primeiro
seja judeu, cristão, macumbeiro.
Sou Zé,  não sou Charlí,

Sou Zé Brasileiro,
Respeito é o que vem primeiro.
Diz o Povo Brasileiro
do Oiapoque ao Chuí

Eu sou Zé, não sou Charlie.

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