quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Alzheimer exibicionista

Tive a oportunidade na minha vida profissional de estudar e participar de desenvolvimento de sistemas de Inteligência. Não era um operador da Inteligência, mas um analista de sistema que desenvolvia sistemas de informação aplicados a guarda, captura, interpretação e fluxo de dados referentes as informações e documentos de Inteligência, fossem estes classificados, administrativos, operacionais ou analíticos.  Com este trabalho e com pesquisas acabei desenvolvendo um  conhecimento sobre Inteligência, tanto na área humana (humint) quanto na área eletrônica (elint). 

Posso afirmar que descrevendo o que fiz acima, estaria violando a regra mais fundamental de qualquer serviço de Inteligência, a discrição. Isso se não estivesse aposentado, como agora estou faz algum tempo. A discrição dá o mote da expressão romanceada que diz que quem trabalha e age nesta área vive nas sombras.

Mas, por quê estou cometendo esta quase indiscrição? Pelo fato que vejo na mídia a badalação que o General Heleno, a ABIN a ele subordinada é o caso, estaria espionando a Igreja Católica que prepara um Sínodo sobre a Amazônia.

O assunto me despertou curiosidade por dois fatos: o primeiro diz respeito ao óbvio vazamento da informação. Se a ABIN tinha a Igreja e seus membros como alvo, jamais esta informação poderia estar nas manchetes. Seria uma prova mais do que cabal de incompetência desta agência de Inteligência. Segundo, refere-se a motivação da Igreja Católica estar fazendo o Sínodo em Roma, no Vaticano. Ninguém melhor do que o clero brasileiro para acompanhar e prestar informações para o desenvolvimento deste Sínodo. Seria, acredito, conveniente convidar aqueles que lá trabalham para as instituições governamentais, tal como Universidades Federais, IBAMA,  Museu Goeldi, Embrapa, etc..sem precisar do concurso de ONG´s que têm suspeitas atividades, como já é sabido por todos. 
Não acredito que o Vaticano tenha as mesmas intenções destas mencionadas suspeitas ong´s..

Cabe então reiterar estas duas questões:
. Porque o General expõe a ABIN?
. Porque o Vaticano fará um Sínodo com participação de Cardeias e Bispos que só conhecem a Amazônia por retrato?

Em relação a primeira posso dizer: Ou o General quer expor à opinião pública o assunto que passaria meio despercebido em meio a tantos assuntos importantes que preocupam os brasileiros, como previdência social sendo "garfada" em seiscentos bilhões, perda de direitos trabalhistas, segurança pública dominada por milicianos, etc.. Ou o General foi "vazado" internamente, o que não quero acreditar, pois a ABIN consome os nossos impostos e não sai barato.. Ou este General está variando, como se diz na gíria.

Em relação ao Vaticano fazer um Sínodo, suponho que a causa esteja mesmo na ação pastores de igrejas neo-pentecostais que, à revelia da FUNAI, andam batizando índios e exorcizando os pobres coitados. Trata-se de crime na área federal. Isso sem falar em delitos de natureza sexual...

Afora o que considero quase como ridícula a figura deste pastor ao fundo, ao "civilizar" estes nossos irmãos e irmãs de Goiás, ainda desconfio que as sua intenções não são lá muito religiosas, já que "convertidos" trabalham para fazendeiros da região à troco de comida. E isto preocupa a Igreja Católica sim, assim como me preocupa e todos aqueles que tem um mínimo de decência. Quanto a participação de bispos de outros países, isso me preocupa. Aí sim, cabe a geração de conhecimento por parte da ABIN, então jamais poderia ter vazado este assunto.. 

Mas, o que resta deste episódio de "vazamento", se é que ocorreu e não publicidade intencional do General Heleno, é que o General não foi nem feliz nem eficaz no que se propõe. Se é uma manobra diversionista, falhou; se é um vazamento, pior ainda. Acho que, ou o General está precisando arrumar mais coisas com que se preocupar confiando a ação a ABIN e seus especialistas, ou realmente está ficando senil. Embora seja mais novo do que eu, acho que está dando mostra preocupante de um "alzheimer exibicionista".  



terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

IBEP e a Soberania

Estive no evento de reinstalação do IBEP-Instituto Brasileiro de Estudos Políticos. Ouvi Saturnino Braga, inteligência e coração à serviço de seu povo, um apaixonado pelo Brasil. Ouvi Roberto Amaral, mais do que um teórico professor, um ativista apaixonado como Saturnino, ativista da causa da soberania do povo brasileiro. Ouvi Jandira Feghali, Ouvi Fernando Taranto, operador desta ressurreição. Ouvi Vivaldo Barbosa, trabalhista dedicado a causa e defensor em várias frentes do trabalhador e seu protagonismo histórico. Encontrei Glauber Braga, orgulho de uma geração e exemplo para o Parlamento. Ouvi Boulos, ouvi Sônia Fleury, e tantos outros comprometidos com a causa da reconstrução do IBEP, ou melhor do próprio país, hoje destroçado pelo grosseiro golpe de Estado e pelos governos Temer e sua continuação, o governo Bolsonaro  na sua missão miliciana e entreguista.
Refletiu-se ali sobre a origem e as causas do golpe e seu objetivo principal, a tomada do Estado Brasileiro e, por consequência, das suas riquezas. Refletiu-se também sobre os desdobramentos urbanos e sobre a Dívida; esta, o mecanismo perverso de esgotamento da riqueza em direção a banca.
Confirmaram-se pensamentos e se constataram dificuldades, mas sobretudo afirmou-se o ânimo de homens e mulheres comprometidos com a causa da sobrevivência de um Povo.
Mas não poderia estar aqui apenas para prestar a justa homenagem aqueles que, apesar da idade civil, mostram uma juventude invejável e um vigor intelectual, patriótico, que faria sorrir o próprio Tiradentes. 
Todos ali eram inconfidentes patriotas, acolhidos na casa da paz e da preservação da memória daqueles que perderam a vida para o nazismo, a ASA - Associação Sholem Aleichem. Aqui então a minha gratidão.

Mas não gostaria apenas de deixar aqui apenas a minha gratidão a aqueles que mencionei e todos os que acolheram ao chamado da ressurreição, gostaria também de expor opinião diferenciada, para não dizer discordante, pois não é, de alguns pontos que lá foram expostos.

Quando se constata a quase cega obediência de grande parte de nossos oficiais do Exército as teses entreguistas e conservadoras, vejo que não podemos nos furtar a nossa necessária e obrigatória participação nos fóruns militares, para mostrar a estes que existe uma realidade geopolítica que transcende ao estreito ideário da Guerra Fria, que nos coloca automaticamente de um lado de conflitos que não dizem respeito, ainda que afetados por estes. Esquerda e direita, ocidente e oriente são temas que devem se subordinar ao interesse nacional, devem se subordinar aos preceitos de nossa soberania. Os militares brasileiros, principalmente do Exército, têm o direito ouvir o contraditório, mesmo que reajam com desdém. Se não nos dispusermos a iniciativa do diálogo, jamais terão a oportunidade da reflexão clara e patriótica. Com isso estarei, puco a pouco, buscando o diálogo.

Adicionalmente, temos que lembrar que diante do saque dos bens que estão avidamente fazendo, não haverá tempo suficiente para salvá-los se não buscarmos auxílio. No combate a este incêndio teremos que buscar auxílio de quem se opõe no plano geopolítico que é a China, assim como fez Maduro na Venezuela. Caso contrário, já o teriam removido para abrir caminho para a pilhagem.
Sabemos que a China tem extensos interesses econômicos no Brasil, que vão desde a geração e distribuição de energia elétrica, a indústria eletro-eletrônica, até ao agro-negócio. Eles sabem que a diplomacia sempre alcançará melhores resultados que a pura e simples ameaça militar. Tal ameaça somente virá de quem não tem mais argumentos para sustentar um padrão de vida e de consumo incompatível com a realidade econômica mundial e ecológica; incompatível também com a miséria de outros povos. Não dá mais para sustentar a ganância e o padrão de luxo de poucos. E nesta guerra, além do próprio povo brasileiro, temos que ter aliados. Vamos buscá-los pessoalmente, eletronicamente, de todo os modos possíveis. Não falo em submissão alternativa, falo em aliança respeitosa. 
Teremos no IBEP diplomatas respeitados, economistas realistas, juristas reconhecidos, pensadores argutos na busca de caminhos alternativos, na busca da salvação de nossa Soberania.






   

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Dólar versus heroico povo da Venezuela

Um amigo me sugeriu a leitura do artigo do Jornal GGN de Luis Nassif , o “Como a pressão contra a Venezuela vai corroer o império do dólar, por Michael Hudson” em 08/02/2019. 

Tal leitura buscava o entendimento, tanto por parte de meu amigo quanto da minha parte de questões econômicas. E as questões levantadas por Michael Hudson transitavam em terreno econômico árido para nós, estranhos neste terreno de areia movediça. No entanto, a leitura levantou questões objetivas relativas a soberania da Venezuela perante as contínuas ameaças e agressões por parte dos Estados Unidos. Ameaças estas que têm por objetivo estimular a oposição a Maduro a dar um Golpe e juntamente insuflar uma Guerra Civil que levasse a necessidade de uma intervenção “pacificadora” que por sua vez, dividiria o país em norte e sul, ficando a parte norte, rica em petróleo, nas mãos de quem os Estados Unidos indicassem. Afinal o custo de transporte de petróleo, oriundo da maior reserva do planeta, é menor do que dez por cento daquele que parte do Oriente Médio. Isto já justifica por si só qualquer aventura. A dúvida recai sobre a aventura militar que poderia desencadear um desequilíbrio na América Latina e potencial oportunidade de interferência chinesa e russa; que, mesmo sem poderem refinar o petróleo venezuelano, ainda possuem vários interesses comerciais na região, tanto na área de petróleo e gaz quanto na área de energia elétrica, da geração a distribuição. Leve-se ainda em consideração que Trump já tem problemas internos a cuidar que, se não forem bem gerenciados, podem evoluir para desestabilização ou mesmo um impeachment. Eu pessoalmente não acredito nesta última hipótese, pois Trump tem o apoio do Senado mas...política é política. 

Após a leitura do artigo mencionado (https://jornalggn.com.br/noticia/como-a-pressao-contra-a-venezuela-vai-corroer-o-imperio-do-dolar-por-michael-hudson/) fixei a mente na questão da guerra, pois não há situação mais dramática e imoral no plano das relações internacionais do que a guerra. Até porque, que quase sempre, quem as provoca o faz com ardil e pretexto falso. A invasão da Polônia por parte dos nazistas ainda está na nossa memória, mas há muitas outras. 

Essa situação do nosso vizinho é assaz preocupante no que toca o sofrimento do seu povo, incluindo ainda a escassez de gêneros que estão sofrendo e a crise que se instalou pela interferência e patrocínio dos Estados Unidos, que há muito cobiça aquela reserva de petróleo que dista apenas três mil quilômetros de Nova Orleans. Um atalho, se compararmos aos trinta mil quilômetros que dista o petróleo do Irã e da Arabia Saudita. Co0mo disse, a questão central da corrosão do império do dólar não podemos aprofundar, por falta de conhecimento especializado e porque a questão central, que é a ação armada, domina todo o espectro cognitivo e emocional. Sabemos que os Estados Unidos estenderá sua influência e poder para engajar parceiros na pilhagem. 

Para conseguir o cobiçado butim, os Estados Unidos garroteiam os venezuelanos, impedindo-os de comprar gêneros alimentícios, remédios e tudo o que não produzem; já que a Venezuela não se industrializou nem evoluiu sua agricultura, pois sempre teve suas elites engordadas pelo dinheiro do petróleo; dinheiro este que depositava em bancos americanos. E agora? O Banco da Inglaterra chega ao limite de não permitir que seu cliente depositante tenha suas reservas em ouro disponibilizadas, sendo retidas, sem poder a Venezuela utilizá-las para pagar seu abastecimento. O Banco da Inglaterra simplesmente saqueou os bens do povo Venezuelano, assim como fez com a Argentina e vários outros países que confiaram...ingenuamente. No artigo de Michael Hudson esse saque aparece descrito literalmente. É deste ato que deriva a corrosão do império; afinal ninguém se sentirá seguro com suas reservas ali depositadas; mesmo que faça parte do séquito do imperador. 

Neste momento, o que realmente domina o pensamento, a preocupação e o sentimento de todos que amam a paz é a ameaça de guerra. Aí então devem ser feitas algumas considerações. 

A primeira está baseada na hipótese de invasão direta por parte dos Estados Unidos, sem o concurso das forças dos outros países apoiadores, como Colômbia, Chile, Argentina, Peru e alguns outros controlados do Caribe. Esta parece remota. Com o concurso de outros países da região, para maquiar a intervenção, aí sim, já pode ser considerada. Como esta última, que estava no arsenal estratégico americano, considerando como certa a participação do Brasil, recém capturado na teia, aparentemente, ou mesmo firmemente a invasão foi rejeitada pelos militares brasileiros, terá que haver uma nova variante que exigiria a aprovação da OEA e da ONU para esta aventura. 

Os Estados Unidos tem um histórico dúbio em relação ao cumprimento de recomendações e orientações, pois atacaram o Iraque atropelando a proibição do Conselho de Segurança da ONU. Fizeram-no na Bósnia de forma diferenciada utilizando os outros países da OTAN. Quanto a OEA, por eles controlada, já seria mais fácil, assim como fizeram com as Forças de Paz na República Dominicana, tendo inclusive participação do Brasil em 1968. Essa tem sido a forma pela qual se engajam em intervenções “pacificadoras”, como foi na Síria, na Líbia. Isto sem falar nos tempos da Guerra Fria. 

Ocorre que os tempos são outros, dois novos atores participam agora do jogo geopolítico e militar, após a dissolução da União Soviética. Rússia e China tem protagonismo que obriga a um novo desenho no cenário e que não permite engajamentos militares tão automáticos. Isto tem obrigado a um ativismo maior na fronteira europeia que circunda a Rússia e tenta engajar na aventura os Estados Bálticos (Letônia - Látvia, Lituânia e Estônia), a Áustria, a Polônia, a Noruega e aqueles que margeiam o Mar Negro, neste caso com extremíssimos cuidados. Mas a questão geopolítica não tem apenas este viés militar; ela deriva de enquadramentos econômicos que, por sua vez, derivam da imensa montanha de papeis financeiros sem lastro real de produtos. O PIB mundial que gira em torno de 80 Trilhões de Dólares, tem mais do que o dobro em derivativos e papeis fictícios e o único ativo real que parece poder lastrear essa montanha de papel sujo é o petróleo. A queda da produção industrial motivada pela supervalorização financeira parece constante e acende um sinal vermelho na União Europeia, capitaneada pela Alemanha, que agora toma medidas drásticas para salvar sua indústria de base, da qual boa parte foi parar na mão dos chineses. Este cenário indica que o poder militar americano, que garante mundo afora o seu poder financeiro econômico, agora já não pode se estender sem que comprometa este poder financeiro que o sustenta. Os movimentos de países da Eurásia, juntamente com os BRICS eram exatamente para não mais depender do braço financeiro FMI e Banco Mundial. 

Daí o golpe no Brasil, para retirá-lo do “BRICS”, enfraquecendo-o e removendo a “cabeça-de-praia” no continente americano. A cobiça sobre o petróleo da Venezuela é antiga, mas a premência em garanti-lo, para não depender tanto daquele do Oriente Médio, está levando a aventura no Caribe e mesmo aqui pelo Sul, já que Macri e Bolsonaro foi o melhor que arrumaram para ajudar na pilhagem. 

A sede de petróleo faz os Estados Unidos beber vinte milhões de barris de petróleo por dia, produzem uns onze. Com isso tem que chagar aos portos americanos, todo dia, nove milhões de barris; repito, nove milhões todo dia. Sua reservas mal dão para uns mil dias, ou seja, três anos. Por isso sua situação começa a ficar preocupante. Qualquer desequilíbrio nesta relação dólar-petróleo pode vir a ser o inicio de um problema sem solução. Sadam Hussein tentou esta manobra nos anos noventa, ou seja, não negociar em dólar o seu fornecimento de petróleo, pagou caro. O mesmo ocorreu na Líbia, destruíram o país literalmente. O problema se agrava quando o transporte público americano, fora dos grandes centros, praticamente despreza os meios de transporte de massa. Todos utilizam o automóvel bebedor inveterado de gasolina, e não dão mostra de querer mudar seu estilo de vida. E querem pagar um preço fictício para abastecer seus carrões. 

Abastecer de petróleo, carros, aviões, barcos, lanchas, iates e ainda seus exércitos, é tarefa que os está orientando, e já faz tempo, a pilhar as reservas alheias. 

Mas, simultaneamente a esta ação de garantia de suprimento de petróleo à qualquer preço para, por sua vez, garantir a sua hegemonia, há agora dois atores a disputar esta hegemonia e que combinam entre sí a suficiência de petróleo. Russia auto-suficiente em gaz e petróleo pactua com a China a garantia do seu abastecimento...sem utilizar o dólar como moeda da transação. Fazem agora, pois as condições já o permitem, o que Saddam Hussein e Kadhafi tentaram fazer outrora pagando com a vida. 

Maduro ainda transaciona em dólar...mas os Estados Unidos o está levando a negociar nas moedas ad-hoc. Se China pudesse refinar o petróleo venezuelano não haveria crise. Logo, outros meios terão de ser encontrados para anular este enforcamento do povo venezuelano. Mas todos passam por resistir e parece que Hugo Chaves legou a herança da resistência...Ainda temos que ver até onde vai o heroísmo do povo venezuelano. 



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Toque de alvorada

Ao que parece, Mourão se prepara para assumir os controles...caso Bolsonaro não consiga entregar a mercadoria prometida aos financiadores; ou seja, a banca, o Departamento de Estado e alguns ex-colegas da Escola das Américas do Panamá que prestam "consultoria" a governos latino americanos.
Se Bolsonaro não conseguir passar no Congresso, ( o que creio ser de remota possibilidade, já que do Congresso conhecemos a sua secura por verba e dinheiro ), as "reformas" da Previdência como carro chefe e as demais espoliadoras de nossas riquezas e soberania, aí sim Mourão, que se mostra agora conciliador e mais popular, assume o comando de fato. Mas...mantendo os capatazes Moro e Guedes, que são os agentes à serviço do poder colonial. 

Mourão não entraria em um governo com este perfil se não tivesse sido aceito e homologado pelo deep-state e pela banca. Não nos enganemos. Mourão representa uma vasta parcela do Exército que ainda pensa com a cabeça da Guerra-Fria.
Não fora por menos que a "licença" para Lula ver sua família, no episódio do enterro de seu irmão Vavá, fora dada pelo presidente do STF somente após consulta a Moro e aos assessores militares.  Prestou-se a este papel, o Presidente do Supremo Tribunal Federal: - deu ordem para um morto.
Diante dos escândalos que rapidamente estão chegando, 
...envolvimento com milícias, Ministro do Meio Ambiente  condenado, Ministra dos Direitos Humanos destrambelhada (está ali para desacreditar o próprio Ministério, é óbvio), Ministro da Educação sem preparo e compostura (talvez com o mesmo propósito da Ministra),etc...etc...
talvez Mourão tenha então entrado de prontidão mais cedo. 
Mas não creio que busque objetivos diversos daquele que moveram a eleição de Bolsonaro.

Se considerarmos que a campanha eleitoral de Bolsonaro não foi feita por ele, e sim pela mídia alugada e pela desinformação estratégica, ficando então uma pequena parcela para a fraude eletrônica, que não desse para ser notada, 
- se consideramos ainda que não apresentou um programa de governo e sim a missão de demolição,
- se consideramos este cenário veremos que Mourão poderia discordar até da tática, mas não da estratégia.
Se considerarmos isso tudo, veremos que Mourão é do time.

Cada vez fica mais urgente e evidente que se o Povo Brasileiro não acordar agora, quando acordar não terá mais país; os larápios levaram tudo.

Estão, e nós sabemos quem, levando o Brasil embora, com petróleo, água e tudo mais...educação, esperança e coragem.




   

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Aguardem a resposta

Estou aqui na cidade do Rio de Janeiro, sofrendo um calor escaldante. E a sensação se soma ao desconforto de estar vivendo tempos terríveis, onde, nós brasileiros, perdemos o sentido de soberania, de solidariedade, de justiça, de tudo. Inclusive a vergonha na cara. Veja: - uma juíza, a Dra. Lebos, que se comporta como sabuja de alguém que lhes ministra ordens, independentemente se calçadas na Lei, atropela o Direito sem dar a mínima para a sua própria respeitabilidade. Ou será que doravante alguém vai achar que esta moça merecerá algum respeito?  
Por temor, de um monte de coisas, transfere a sua autoridade para outrem. Por quê? Porque sabe que a presença de Lula nas exéquias de seu irmão atrairá uma multidão, e que está poderá estar descontrolada. Ela sabe que a prisão de Lula é injusta, e sabe que o povo sabe. O povo sabe que ela sabe. Todos sabem.
Talvez o que todos não saibam é que Lula pode ser solto sim. Solto por um General de Exército, que exerça o poder e o direito constitucional do indulto. Esse General poderá ser o General Mourão; e se ele o fizer apaziguará a todos. Seria isto possível? É uma hipótese plausível? Sim, senão até planejada pelos que já não vêem mais como cobrir a vergonha dos Bolsonaros milicianos.
Enquanto choramos nossos irmãos de Brumadinho, nem podemos pensar direito, mas independentemente de política econômica, mudança da legislação trabalhista, lei da previdência social, o que está realmente incomodando muita gente fina é a vergonha. Vergonha em Davos, vergonha de ter um presidente miliciano, vergonha que, nas eleições, fora enfiada no subterrâneo do consciente, para dar vazão ao ódio de tudo que possa parecer de esquerda - ninguém que conheço, que votou em Bolsonaro, hoje o confessa.Vergonha, vergonha mesmo.
O reconhecimento tácito que haveria uma multidão no enterro de Vavá, os faz tremer. Mas o que os faz tremer mesmo é que não haveria força bruta que conseguisse retornar Lula para cadeia, sem haver derramamento de sangue. Óbvio que haveria. Melhor assim, o judiciário já está todo emporcalhado mesmo.Uma à mais ou uma à menos, a diarreia judiciária já não tem mais cura.
Penso que passa pela cabeça de todos a hipótese de se livrar o quanto antes melhor a renúncia, o impeachment, qualquer coisa. Qualquer coisa que retire o peso da vergonha.
Ouvi ontem, que um brasileiro chegando em Frankfurt, pegou um táxi e que o motorista perguntou: - Vocês elegeram um novo presidente, não é mesmo? 
O indivíduo, meio sem graça:
- É, elegemos sim.
Ao que o motorista replicou.
- Por que é que fizeram isso?
Não houve resposta, pois a vergonha era imensa. Até o simples cidadão da Alemanha já sabe de quem se trata. Quando souber então que se trata de um miliciano, aí então.
É bom refletir:
    Quem colocou este indivíduo neste posto, falo do miliciano, devia agora responder.
    Quem aceitou a prisão do inocente, falo do Lula, verá que a ira dos céus, não demorará.
    Aqueles que querem humilhar e fazer sofrer terão a resposta:
Sejam humilhados e frustrados todos os que se divertem à custa do meu sofrimento; cubram-se de vergonha e desonra todos os que se acham superiores a mim.
Salmos 35:26

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Aguardem

Falar parvoíces no exterior, destratar jornalistas, perder a oportunidade de fazer do encontro de Davos um instrumento de negócios, tudo isso era de se esperar. Afinal, quem na tribuna da Câmara dos Deputados disse o que disse, se comportou como um moleque com uma senhora, pouco importa que fosse de que partido fosse; a Deputada Maria do Rosário é uma mulher. Tudo era de se esperar.
Mas agora, fazer da desgraça de dezenas de brasileiros, soterrados pela incompetência e pelo cinismo, instrumento de politicagem, trazendo israelenses para nada fazer, passou dos limites.
Aqui no Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros, o Exército e várias outras Forças enfrentaram uma desgraça até maior que Brumadinho em 2011, quando milhares perderam a vida, inclusive Bombeiros, na busca e no salvamento em Nova Friburgo, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto, Petrópolis, mostrando competência e compromisso, aplicando inclusive tecnologia de ponta com VANT´s do IME fazendo buscas e filmando deslizamentos. Fizeram sozinhos, com a sua coragem e  com a sua competência.
Trazer militares israelenses foi ato desprezível e burro, achando que a população não iria perceber a vileza desta sub-reptícia maldade. 
Vi um Oficial Superior do Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Minas Gerais, com serenidade, esclarecer que os equipamentos trazidos não tem serventia. Se quiserem ajudar que enfrentem então a lama e rastejem como fizeram os soldados mineiros, na ânsia de salvar vidas.
O que vieram mesmo fazer? Infiltrar alguém do Mossad? Aprender com nossos militares? 
O que quer que tenham vindo fazer, somente expõe o caráter sabujo de quem, acostumado ao submundo do crime, acha que poderá tudo, que não há limites, que tudo vale

Para aqueles da VALE que jazem no sepulcro da lama, lembro:

Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios. - Salmos 37:16

Isso não pode ficar assim; alguma justiça será feita. Aguardem.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Decepção

Ontem me enchi de paciência e assisti o discurso de Bolsonaro em Davos. Afinal foram menos de dez minutos, então arrisquei. O que vi, foi a máscara cair; a máscara de um indivíduo que a vestiu para entrar no baile. Não fazia a menor ideia de sua insignificância.
Quero contar aqui a vez que tive de assistir uma palestra, se é que se podia assim chamá-la, do Olavo de Carvalho no Clube Militar. Lá estava também Jair Bolsonaro, quinze anos mais novo. Corria o ano de 2002. 
Na plateia havia um misto de generais reformados, e toda a hierarquia abaixo, mas não passava de umas quarenta pessoas. Uns, totalmente embevecidos pela peroração anticomunista de Olavo. Outros, notoriamente estavam ali obrigados, como era o meu caso. Mas a primeira fileira, a dos generais que fazem das reuniões do Clube Militar uma atividade para preencher o tempo e para saudosismos da caserna, estava a apoiar Olavo de Carvalho, apesar da fumaceira dos seus mais de dez cigarros assoprados na cara da primeira fila.

O Jair Bolsonaro não podia estar na primeira fila, mas lá estava a beber as palavras de seu mestre.
Relembro que hoje decorrem quase dezessete anos, e o então deputado ali ia buscar material para seus discursos na Câmara, já que não tinha ideias próprias e tampouco poderia iniciar uma fala na Câmara que não fosse de agressão e clichês surrados da Guerra Fria.

Ao terminar o evento fui tomar o metrô na Cinelândia de volta para casa e lá estavam, na plataforma vazia pois já era tarde,  alguns dos assistentes do evento e o Deputado, que tentou entabular comigo alguma conversa, da qual providencialmente fui salvo pelo trem que se aproximava na direção oposta a do meu, mas que serviu para minha evasão. 
Vi que ali estava um indivíduo neófito, primitivo, um bronco que fazia do seu cargo no Parlamento uma profissão e uma escada para galgar a rampa do poder.  
Seu mandato nada mais era que resultado de uma mentira que aplicava as viúvas de militares e do discurso furioso que fazia em nome daqueles que fingiam em não acreditar em torturas nos porões da ditadura. Pois como justificar perante a seus netos, esposa, filhas as torturas e os estupros feitos por homens fardados? Até hoje não conseguem. Tampouco filhos e netos, tal a vergonha que lhes corroeria a alma. Alguns não, nem lhes afeta. Não sei em que caso se enquadra Jair Bolsonaro.
Mas uma coisa é certa: - também vive da mentira.
Uma frase muito conhecida, creditada a Abraham Lincoln (*) expressa bem o momento deste ex-capitão discípulo daquele Olavo de Carvalho de quem já falei, até em outras postagens, que teve a mentira agora exposta bem distante daqui, onde ele não sabia que era frequentada pelos mais ardilosos e capazes prestidigitadores das finanças internacionais, formados em Chicago e outras Universidades de prestígio, dominando vários idiomas; íncubos dos burgueses e da alta classe média brasileira. Lá em Davos também se duelam as mais sofisticadas mentes do planeta. Não fora por outra razão que Trump nem deu as caras por lá.  Bolsonaro não percebeu que lá estaria exposta a sua mentira. Bastava não ter ido, já que seu patrão o dispensara. 
Para aquela classe-média que o aceitava, apesar da sua precariedade intelectual, agora ele expunha a verdadeira razão de sua eleição, a mentira. E por azar, teve de ser exatamente onde esta classe média mais venera, no exterior. Tinha que expô-la perante os povos superiores, cuja cultura esta mesma classe faz tudo para imitar. 
Bolsonaro agora não merece mais o perdão dos pseudo-cultos, dos pseudo-honestos e dos pseudo-brasileiros; ainda mais agora metido com milicianos dos subúrbios. Que decepção.
  
(*) - "Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.“

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

CTI

Nestes vinte dias tenho tido realmente dificuldade de entender com clareza o que se passa no país. Tenho esperado para escrever algo que reflita um entendimento do golpe nos seus diversos estágios; se originando nos interesses internacionais e da banca, passando pelo Parlamento, com Supremo Tribunal Federal com tudo, como disse o Jucá, passando ainda pelo governo do Temer, notório larápio e agente internacional, figura triste a representar uma sociedade doente.
O máximo que consegui compreender é que a nossa sociedade está doente. Mas hoje, lendo jornais e varrendo a blogosfera, vejo que não apenas estamos doente: - estamos em estado muito grave. Justifico.
Em meio a este caso do Queiroz, onde houve notório vazamento de informações, diga-se de passagem, descobre-se que o Queiroz, ex-sargento da PMERJ, se escondeu, procurou abrigo, na Favela do Rio das Pedras, antro de milícia onde nem o BOPE entra, ou por precaução ou por outra razão mais terrível que espero nem exista.
Respeitando direito de defesa, fazendo todas a concessões que se exige numa acusação, uma coisa fica evidenciada: - um dos Bolsonaros, senão todos, tem ligação com milícias.
Se avaliamos o caso do assassinato da Vereadora Marielle Franco, que hoje se sabe ser de autoria de milicianos, compreendemos a gravidade destas relações e onde elas podem nos levar.
Em uma das manchetes se lê:
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Rio desencadeou nesta terça-feira a Operação "Os Intocáveis", em Rio das Pedras, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes; os principais alvos são o major Ronald Paulo Alves Pereira e o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras – onde Fabrício Queiroz chegou a se esconder; ambos foram homenageados em 2003 e 2004 na Alerj por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro, o único presidenciável que não condenou o assassinato.
Independentemente da orientação política do veículo, o que se percebe é a deterioração vertiginosa da crise que vivemos. Saltamos de crise econômica, para a esfera policial. 
O Presidente irrefutavelmente está envolvido, queira ele ou não, já que aceita, ou estimula até, interferência de sua família em negócios do Estado, já que seu filho já foi em missão aos EUA.

A atual situação exige cuidados de centro de tratamento intensivo. Não mais estamos falando de partidos políticos, ou ideologias, ou finanças. Estamos falando de envolvimento com o crime organizado.

Não somente dos militares se exige providências, mas de toda a população de cidadãos que se considerem os "homens direitos", aqueles todos que dizem merecer os Direitos Humanos. 

Ultrapassamos, sim, o domínio da política e caímos desgraçadamente na domínio do crime organizado.

A nação está em estado grave, necessita de procedimentos urgentes. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A canoa vai virar, olê, olê, olá


Tenho, precavidamente, aguardado um tempo pra ter uma ideia mais precisa da natureza desta segunda fase do golpe dado pelo Departamento de Estado dos EUA na soberania brasileira. Golpe treinado e ensaiado em vários outras partes do mundo, através das revoluções Coloridas ( Egito, Líbia, Ucrânia ) e as da América Latina, Paraguay e Honduras e agora na tentativa na Nicarágua. 
Na Nicarágua, no claro intuito de prejudicar a construção pelos chineses do canal de ligação, concorrente do Canal do Panamá, que ligaria, ou ligará, o Mar do Caribe, o Oceano Atlântico, até o Oceano Pacífico. Claro que fazendo concorrência ao Canal do Panamá, única passagem, fora o Estreito de Magalhães, quase na Antártida, entre aqueles os Oceanos. Cobra-se no Canal do Panamá, pela passagem no complexo de eclusas e pelo canal, o preço mínimo de cinquenta mil dólares (US$ 50.000,00) variando por tamanho e tonelagem de navio, chegando ao valor médio de US$ 150.000,00 por passagem. A Administração do Canal do Panamá, com uma receita anual de alguns bilhões de dólares, não irá medir esforços para anular a tentativa dos chineses e nicaraguenses de construir um alternativa. No momento se fomenta um golpe de estado, ao estilo que deram em Honduras, no Brasil, no Paraguay e alhures.
O mínimo que se pode afirmar é que estes golpes se justificam pelos interesses econômicos objetivos, ou seja, relacionados as receitas e custos diretos envolvidos; e pela tentativa de manter a hegemonia americana no continente americano prioritariamente.
Os demais países onde se aplicaram golpes, invasões e toda sorte de ações de espionagem, incluindo aí os países amigos, tal como ocorreu com o Brasil e a Alemanha, testemunham a ação americana de manter a sua hegemonia à qualquer custo, independente de quais violações, sejam as de direitos humanos ou sejam de acordos diplomáticos e econômicos.
Agora então, diante da certeza que esta hegemonia será transferida pra China dentro de poucos anos, caso não haja mudança de curso no cenário mundial, passa a ação americana de querer mantê-la, a chegar ao estágio de intensificação prioritariamente na América Latina, seu quintal próximo, geográfica e politicamente.
O que se passa no Brasil atualmente é o desdobramento do golpe de 2014, já à época cevado nos gabinetes do Exército, à custa de revanches a pouca eficácia da Comissão da Verdade que não puniria ninguém, mas que deixaria à mostra a vergonhosa carreira de alguns generais.
Quem melhor então encenaria o papel de algozes da democracia brasileira, perpetrada pelas próprias instituições, Legislativo, Judiciário e as Forças Armadas, assessoradas pelo então poderoso Ministério Público?
Quanto a mídia? Ah, esta sempre esteve à soldo.
Com isto, o planejamento do golpe desde Washington, já baseado em levantamentos e no conhecimento dos sátrapas a serem contratados e daqueles que traem por vocação, entrou na fase de execução passando a desfrutar de licenças adicionais de espionagem eletrônica e, quem sabe, de violação do próprio sistema eletrônico eleitoral brasileiro.

Ocorre que não existe perfeição em nenhum planejamento e, no caso de uma ação predatória como esta, sempre haverá falhas que entropicamente degradarão o objetivo final. O produto final poderá sofrer distorções e mesmo ser abortado. Quão mais complexo for o objeto, maiores as exigências de planejamento e de execução. Ocorre que os agentes do golpe, por construção e pela sua própria natureza, não são confiáveis. Se estão à soldo, só podem ser pagos após a missão cumprida e qualquer atraso compromete a operação, o sucesso do assalto. Ocorre o mesmo quando da repartição do roubo por parte dos membros da quadrilha; acaba em conflito ou mesmo em perda do produto do roubo. Quadrilhas controladas com mão de ferro tendem a minimizar os conflitos.

Aqui ocorrerá o mesmo: - O assalto ao Estado Brasileiro terá como consequência o surgimento de conflitos não contornáveis. Vejamos então:

Mudança na Previdência: Como os militares não são afetados, assim como o judiciário, os trabalhadores irão arcar com o ônus da mudança sozinhos.

Petróleo: Judiciário e Militares já deram sinais que foram convencidos da oportunidade da exploração eficaz por parte de empresas estrangeiras, inclusive estatais. Só a Petrobrás é “ineficaz”.

Tecnologia: Nem pensar. Esta é a verve do processo de independência econômica, pois nos libertaria da dependência da exportação de grãos e minério a preço vil. Portanto, faculdade e ensino técnico devem ser demolidos.

Terras cultiváveis: A garantia de alimento para os países centrais. Capturar então a propriedade tão logo quanto possível.

Há várias outras riquezas que estão na mira do golpe, mas há uma questão que acabará por revelar as entranhas da segunda parte do golpe, a patranha a que deram o nome de eleição: - Os que se vendem, via de regra, passam a fazer extorsão, pois tudo passa a ter preço. Não importa se estejam no judiciário, nas forças armadas ou no legislativo; não importa a área de atuação, são venais por natureza. E quem fizer acordo com tais, sairá logrado.

É ver pra crer, mas o enfrentamento a estes venais terá de ser diuturno, sem descanso. É nosso dever. nos salvarmos, pois esta canoa vai virar. 

Carnaval vem aí e o povo vai cantar nas ruas:" a canoa vai virar" ou algo parecido